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Exposição montada pelos curadores Paulo Herkenhoff e Leno Veras traz obras que fazem refletir sobre a história da maior cidade brasileira e como ela lida com os vários grupos que a compõe
Uma visita à exposição “São Paulo não é uma cidade – invenções do centro”, no Sesc 24 de Maio, proporciona ao visitante uma riquíssima experiência sobre a cidade de São Paulo. É difícil não sair do local com uma estranha sensação de a maior cidade do Brasil não se tornou o gigante que é à toa.
Sentimentos de orgulho e constrangimento convivem ao se pensar sobre a história da cidade, sua relação com os negros escravizados, com a repressão aos mais pobres, a mistura de acolhimento e rejeição aos seus imigrantes, a ruptura com o antigo no Modernismo e o estranhamento com o momento atual, muito bem representado pela reação, nas redes sociais, à repressão policial aos usuários de crack, numa instalação sabiamente denominada Odiolândia.
Os curadores Paulo Herkenhoff e Leno Veras montaram a exposição especialmente para a inauguração do Sesc 24 de Maio, bem no coração de São Paulo, e exibem ao visitante não apenas artes visuais, mas provocam o debate sobre a constituição do centro da cidade a partir da análise dos conceitos de Centro e de Cidade.
“São Paulo não é uma cidade – invenções do centro”, estará aberta aos visitantes até 28 de janeiro de 2018. Ela ocupa todo o 5º andar do Sesc 24 de Maio, com seus 1.300 m² de área e é apresentada em 30 núcleos (Ciclos Econômicos; Políticas e Oligarquias; Especulação e Desabrigo; Apagamento Cultural, entre outros).
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O recorte é similar a um almanaque e busca apresentar dados fundamentais e de destaque desta região, assim como curiosidade e leituras críticas sobre o centro. As obras usam diferentes técnicas como gravura, fotografia, pintura, indumentária, escultura, cerâmica, lambe-lambe, além de mapas, maquetes, documentos, entre outros. De modo não linear ou cronológico os curadores propõem uma experiência múltipla e diversa para os visitantes, abordando o assunto sobre diversas camadas de aprofundamento.
O trabalho dos curadores começou há um ano, com pesquisas em acervos, arquivos e bibliotecas, coleções públicas e privadas de distintos estados do país. Cerca de 400 peças estão em exibição – entre obras de arte, documentos e objetos – de mais de 150 autores, numa tentativa de abranger ao máximo as representações da cidade e sua polifonia.
Conceito de não cidade
O nome da exposição foi inspirado numa provocação de Vilém Flusser, filósofo nascido e falecido em Praga (1920-1991) que viveu por 32 anos em São Paulo. Ele defendia a tese que São Paulo-capital não pode ser considerada uma verdadeira cidade, uma vez que o termo implicaria uma vida urbana “civilizada”. Para Flusser, São Paulo não apresenta essa forma de vida urbana, razão pela qual deveria apenas ser chamada de “conglomerado urbano” ou assentamento.
Artistas
Entre os artistas conhecidos, há obras de Debret e Claudia Andujar, Flávio de Carvalho e Márcia Xavier, Rochelle Costi e Brecheret, expoentes da Semana de 1922.
Há também os que desenvolveram obras especialmente para a exposição estão Jaime Lauriano e Igor Vidor. Lauriano desenvolve um trabalho cujo foco é o resgate da história afro-brasileira em São Paulo, apagada pela urbanização gentrificadora (modificação do espaço urbano, em que áreas são remodeladas e transformadas em espaços nobres ou comerciais, expulsando economicamente os moradores originais).
A obra de Vidor foi realizada a partir de pesquisa sobre a Operação Camanducaia, nos anos 1970, durante a ditadura militar, que levou à força crianças e adolescentes em situação de rua do centro da capital para fora do estado de São Paulo, culminando na morte de muito deles.
Sobre os curadores
Paulo Herkenhoff foi diretor, no Rio de Janeiro, do Museu de Arte do Rio, o MAR, do Museu de Belas Artes (2003-2006) e do Museu de Arte Moderna, o MAM (1985-1999). Com larga experiência internacional, foi consultor da Coleção Cisneros (Caracas, Venezuela) e da IX Documenta Kassel, Alemanha (1991), e foi curador adjunto no departamento de pintura e escultura (1999-2002) do MoMA. Sua produção bibliográfica contempla a produção de alguns dos mais importantes artistas contemporâneos, assim como oferece olhar renovador para a compreensão de produções históricas.
Leno Veras – Comunicólogo, bacharel pela Universidade de Brasília (2007) e especialista em produção de Textos Críticos e Difusão Midiática das Artes pelo Instituto Universitário Nacional de Arte, em Buenos Aires. Foi pesquisador visitante na Universidade de Salamanca e pesquisador associado na Universidade de Santiago de Compostela. Como curador, desenvolveu o banco de imagens do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, atuando, em seguida, como parte da equipe curatorial da representação nacional da Fundação Nacional das Artes (FUNARTE) para a Quadrienal de Praga do Espaço e Design Cênico (2015).
Veja algumas obras em exposição:
SERVIÇO
Visitação
Até 28 de janeiro de 2018
Terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.
SESC 24 DE MAIO
Rua 24 de Maio, 109, Centro
Fone: 11 3350-6300
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