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A resposta pode estar no caminho das ruas, guiada por outros olhares e com disposição para chegar a novos lugares
O dia 13 de maio é mesmo uma data a ser comemorada? Dias atrás, a newsletter do pessoal da Diáspora Black me chamou a atenção pois questionava o dia-marco da Abolição da Escravatura e a assinatura da Lei Áurea. Eles diziam: “no dia seguinte à abolição, a vida seguiu com muitas dores e alguma esperança. Mas com a nítida certeza de que a luta continuaria. Até hoje.“
É sempre um ponto de inflexão contrastar aquilo que aprendemos na escola com a(s) história(s) contada(s) sob outros pontos de vista. E uma das melhores formas de fazer isso é entrando em contato com os lugares onde a história aconteceu. No CalçadaSP, costumamos dizer que a forma como nos relacionamos com a cidade ao caminhar é resultado de um misto de experiências sensoriais e racionais, o que potencializa a reflexão sobre aquilo que nos afeta.
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Pensando nisso, recomendo muito a programação especial preparada este ano pela Diáspora Black, em parceria com o Guia Negro e diversos guias e organizações parceiras para destacar e valorizar o lado negro dessa história.
A programação estará presente em diferentes cidades do Brasil. Em São Paulo, no dia 14 de maio (sábado) oferecem a Caminhada São Paulo Negra para resgatar as histórias negras que estão por toda a cidade, no centro e em todos os bairros (inclusive na Liberdade e no Bixiga).
Durante o percurso de 3,5 quilômetros acontece o resgate dos lugares e os personagens negros da cidade que foram sendo invisibilizados ao longo dos anos. “É hora de conhecer nossa versão da história para darmos mais passos rumo à reparação e à igualdade!“
Data: 14 mai 22 (dom), das 10h às 12h
Valor: R$ 60,00
Local: Ponto de encontro na Praça da Liberdade, 238 – Liberdade, São Paulo
Já no domingo, dia 15 de maio, das 12h às 18h, vai ter um combo cultural especial com a presença de Nduduzu Siba, cantora e professora de dança da etnia Zulu da África do Sul. Nduduzu tem uma história peculiar, tornando-se artista durante período de cárcere através de um programa para detentas. Hoje ela ainda luta pela sua permanência no Brasil (campanha #nduduzufica)
O combo cultural do domingo começa com um almoço afetivo, preparado por Nduduzo com o prato canjica cremoso com guisado de carne (em Zulu: Istambu ne nyama yenkomo) normalmente preparado para dias de clima frio. Em um post no Instagram, Nduduzo declarou que “às vezes, o corpo e a alma precisam apenas de uma refeição que lhe dê calor e sensação de casa”, e, para ela, esse prato a faz sentir como se estivesse novamente na cozinha da sua avó, na África do Sul,
O almoço acontece no ESPAÇO CULTURAL CANTO NEGRO e será embalado por um pocket show conduzido pela própria Nduduzo. Lembrando que no espaço também é possível apreciar um mix cultural e a Primeira Mostra de Curtas sobre Dança Zulu.
E dá para chegar lá caminhando, basta pegar o metrô na linha vermelha – por exemplo, na Estação Anhangabaú e descer na estação Guilhermina Esperança pois o Espaço Cultural Canto Negro é bem coladinho.
Jantar: Canjica, Guisado de carne bovina, verduras e especiarias
Opção vegetariana: Canjica, cogumelo com couve refogada, verduras e especiarias
Atração Cultural: Pocket Show com Nduduzo Siba
Data: 15 mai 22 (dom), das 12h às 18h
Valor: R$ 35,00 (almoço + Pocket Show) – Comprovante e a sua escolha entre VEGETARIANO OU CARNE por meio do PIX nduduzosiba@gmail.com
Local: Espaço Cultural Canto Negro, Rua Barra do Jequitaí, 100 – Vila Granada – ao lado da estação Guilhermina Esperança do metrô.
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