Igreja Santa Ifigênia: conheça a história da Basílica da Imaculada Conceição
O guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho fala sobre a história da igreja Santa Efigênia, que é oficialmente uma basílica.
Grupo foi criado em 2014 para unir moradores de Santa Cecília e região e trocar experiências sobre a vida no bairro
Por Denize Bacoccina
Na volta a São Paulo, no início deste ano, depois de dez anos em Brasília e alguns no exterior, estranhei bastante a falta de cordialidade nas relações casuais na vizinhança – aquele bom dia no elevador, aquele sorriso gratuito dado apenas por simpatia. Ao reclamar com os amigos, ouvia que o problema não eram os meus vizinhos especificamente. Diziam que São Paulo é assim mesmo, eu que estava desacostumada.
Bem, se é assim, o negócio é se acostumar. E quando a gente deixa de esperar alguma coisa, já não se decepciona quando ela não vem. Mas não é que tudo mudou há alguns meses, quando o amigo Felipe Rodrigues me apresentou ao Cecílias e Buarques. Foi paixão à primeira vista, logo transformado em amor duradouro. No meio da selva de pedra, o grupo é puro amor, solidariedade e boa vontade com o outro. É, certamente, o grupo mais legal do Facebook.
Ali os vizinhos trocam recomendações sobre compras, os melhores hambúrgueres do bairro, alertam para as ciladas gourmetizadas e oferecem produção caseira de pães, bolos, marmitas saudáveis e vários serviços. Rola ainda muita doação. De móveis e objetos de decoração que já não são desejados a adubo para plantas (que eu já ganhei). O grupo ainda se diverte com postagens hilárias, como a que especulava sobre a gravação do que seria um clipe da Anitta e no fim não passava de um comercial de um cartão de crédito. E ainda tem posts para oferta de trabalho e um Tinder para juntar os corações solitários do bairro.
O que não se vê, no Cecílias e Buarques, é mau humor, reclamação e gente chata. E isso, deve-se, principalmente, ao alto astral dos criadores, que estabeleceram como regra que o grupo deve servir à boa convivência entre os moradores. Nada de virar um balcão de reclamações da falta de serviços públicos ou da violência urbana. Claro, às vezes rola alguma polêmica, como quando se discute o futuro do Minhocão, por exemplo. Mas, de um modo geral, os integrantes do grupo são progressistas, solidários e gentis com os vizinhos.
O grupo foi criado por Lais Silveira de Jesus em 2014, quando ela se mudou para Santa Cecília – bairro que já frequentava por causa do namorado, Tiago Munhoz, que mora na região há 22 anos. Os dois fazem a moderação dos posts para que se mantenha dentro das regras do grupo, que já tem mais de 3,8 mil integrantes.
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“A ideia era criar uma rede de acolhimento onde conseguíssemos unir informações e experiências do bairro, fortalecer os pequenos comércios locais e fazer as pessoas se sentirem mais seguras ao experimentar o bairro sem medo”, contou Lais, que é educadora e produtora cultural.
Todos têm que responder três perguntas antes de ser aceitos: prometem ler e seguir as regras do grupo, declaram que moram na Santa Cecília, Vila Buarque ou nas imediações, e se comprometem a não usar o espaço para fazer propaganda, mas para interações pessoais.
Acolhimento é, com certeza, o sentimento experimentado pela maioria dos deixam comentários nos posts. Nas últimas semanas, circulou a ideia de um réveillon no Minhocão, para reunir os sem-festa do centro.
E, nas semanas seguintes, ganha corpo outra novidade: o Bloco Cecílias e Buarques, comandado por Diego Leporati, que vai sair neste ano pela primeira vez, contando a história do encontro da musa Cecília com o malandro Buarque e o nascimento do mítico Minhocão.
Já deu para ver que o grupo mais legal do Facebook não é só virtual, né?
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