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O dia em os Satyros, por obra do destino, entraram pra sempre na história do filme Terra Estrangeira, de Walter Salles e Daniela Thomas e com Fernanda Torres no elenco
Por Ivam Cabral
O Miguel Barbosa foi um importante pintor português. E poeta e dramaturgo e romancista, também. Nós o conhecemos em São Paulo, mas foi em Lisboa, no período em que vivemos em Portugal, que ficamos muito próximos. Morreu em outubro de 2019, misteriosamente quando eu estava em Portugal e programava uma visita a ele. Escrevi sobre isso aqui.
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Em 1993, trabalhamos juntos. Miguel escreveu e produzimos, com a direção do Rodolfo García, o espetáculo “Rusty Brown em Lisboa”. A peça ficou em cartaz no Ritz Club, na rua da Glória, no coração de Lisboa, entre os meses de abril e junho.
O Ritz Club é uma importante casa de espetáculos na cidade, por onde passam, até hoje e principalmente, músicos de jazz, blues, bossa nova e de ritmos africanos. Durante muito tempo foi administrada pelo cantor Vitorino Salomé e pela atriz Maria do Céu Guerra. Pra vocês entenderem o naipe do jogo, Vitorino é uma espécie de Chico Buarque português; e Maria do Céu Guerra o equivalente a Fernanda Montenegro. São grandes, enormes! E Maria do Céu foi uma espécie de madrinha da fase portuguesa do Satyros. Trabalhamos mais de uma vez no teatro de seu grupo, A Barraca.
Então estávamos no Ritz Club apresentando nosso “Rusty Brown em Lisboa” quando Walter Salles e Daniela Thomas filmavam o antológico “Terra Estrangeira” no local.
Espera. O jornalista e crítico de teatro Jefferson Del Rios também estava por ali, nessa altura. Me lembro quando o conheci pessoalmente. Sim, ele já assistia a gente no Brasil, mas nunca tínhamos nos falado pessoalmente. No máximo ao telefone, quando o chamávamos para uma estreia ou outra. Em início de carreira, os críticos são temíveis e inatingíveis. Recordo que estávamos jantando em uma mesa quando ele e Maria do Céu chegaram e se sentaram com a gente, no restaurante do Ritz que, aliás, era delicioso. Minha memória é tão maluca que me lembro do cardápio desse jantar. Eu, pela primeira vez, comi cachupa, o prato tradicional cabo-verdiano.
Mas parei quando falava do Walter Salles e da Daniela Thomas, que filmavam no Ritz. Recordo menos dessa parte da história. Uns flashes, apenas. Lembro de me encontrar com a Fernanda Torres no restaurante do clube, algumas vezes. Mas a Fernandinha já era tão famosa nessa altura que eu sequer tive coragem de me aproximar dela. Imagina, uns anos antes ela simplesmente tinha sido eleita a melhor atriz do Festival de Cannes! Era muita luz pro meu reflexo sempre tão opaco…
Então o tempo passou e uns anos depois, talvez em 1996, no Cine Quarteto, próximo à Praça do Areeiro, em Lisboa, eu fui assistir ao “Terra Estrangeira”, sem nenhuma relação com o filme que havia sido rodado naquele período em que estávamos trabalhando no Ritz Club. Eu acho que, na altura do episódio no Ritz, nem sabia qual o nome do longa que os brasileiros estavam rodando por ali.
E qual não foi a minha surpresa quando, logo no início do filme, em um cartaz, eu me reconheço na tela!
O filme começa com uma sequência de Alex, a personagem de Fernanda, chegando ao Ritz no momento em que o músico Miguel, vivido por Alexandre Borges, está se apresentando no palco do clube. Em seguida, Alex dança com um cabo-verdiano e, durante o tempo em que dura a ação, o cartaz de “Rusty Brown” é destacado na cena.
Por conta de um trabalho, revi “Terra Estrangeira” hoje e, confesso, havia me esquecido destas histórias todas. Então, enquanto o filme avançava, um mundo de cores desbotadas e esmaecidas iam brotando forte na minha memória.
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