Igreja Santa Ifigênia: conheça a história da Basílica da Imaculada Conceição
O guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho fala sobre a história da igreja Santa Efigênia, que é oficialmente uma basílica.
Mais do que uma corrida, a São Silvestre é também um momento de reflexão sobre a nossa relação com a cidade e seus habitantes
Por Wans Spiess
CAMINHAR PARA MIM é uma maneira de viver. Não é apenas o deslocamento entre dois pontos. Caminho para conhecer a rua, para encontrar o outro, para sentir a vida. Pé ante pé, afeto e sou afetada. Neste caminho de afetos observo o que me rodeia, as mais diferentes pessoas, tudo aquilo que mora nos espaços vazios, a beleza das banalidades do cotidiano. É no espaço público que me revolvo em direção a mim mesmo e ao mundo, onde busco entender o viver.
ANO NOVO TAMBÉM é, inevitavelmente, um convite para a reflexão. Após um ano de tantas realizações com o CalçadaSP, quando nosso projeto deu passos em novas e promissoras direções, revisitar 2018 a partir da perspectiva das ruas pareceu fazer ainda mais sentido. Faz três anos que me mudei para o Centro de SP e estou satisfeitíssima com a decisão. Ao resolver comemorar o Réveillon por aqui, não podia deixar passar a mais tradicional prova de corrida do Brasil apenas observando-a (literalmente) da janela de casa. Por isso, para fechar o ano, escolhi fazer o meu balanço correndo [caminhando] a São Silvestre.
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Percorrer os 15km da prova, um trajeto que na sua maior parte abraça a região central, fez explodir meu deslumbramento pela cidade. Pude sair da calçada (meu fiel suporte) e ir para o meio da rua observar a mistura mutante de casas, edifícios e comércios, suas tradições e suas novidades, o bem e o mal conservados, tudo isso embalada pela congregação de pessoas das mais diversas idades, crenças e opiniões.
Entrei em contato com a potência dos corpos que ocupavam as avenidas, livres do domínio de máquinas motorizadas. Pude imaginar cada um carregando sua fantasia de ano novo, sua esperança e fé, escondidas debaixo da camiseta cinza oficial da prova. Tive inveja daqueles que não tiveram medo de escancarar o sonho de ser mulher maravilha ou surfista prateado. E me conectei não só com os que corriam ou caminhavam, mas também com aqueles que nos assistiam ao longo do percurso, nos incentivando, torcendo por nós. Não é assim nos caminhos da vida?!
O ritmo e a topologia traduzem o ano do CalçadaSP. Gás no início, a descida te dá um empurrãozinho. Temos o fôlego renovado, parece até fácil. Mas, desde logo, é preciso atenção para não trupicar. Grande parte do caminho é reto e plano. Em algumas subidas mais desafiadoras, todos se aglomeram, alguns se esbarram, perdemos a paciência. Às vezes, quando você acha que está chegando, curvas e retornos inesperados te empurram para lugares que você não contava. Na subida final, nos últimos quarteirões da Brigadeiro, pensamos em desistir. São os desvios imprevisíveis entre os acontecimentos planejados que constituem o viver. Mas a linha de chegada tá logo ali, não muito longe. Não dá pra parar neste momento!
No fim … quem começa mesmo é 2019! Caminhos são ciclos, um termina para outro começar. No meu plano de caminhada do ano que se inicia, quero ir ainda mais longe com o CalçadaSP e acelerar o passo no meu projeto mais pessoal #quercaminharcomigo, onde convido pessoas, até desconhecidos, para conversas pelo caminho de nossos afetos.
Caminhar representa hoje uma forma elevada de (r)e(s)xistência! As ruas e calçadas estão à nossa espera.
Bom [2019] caminho!
Pra continuar caminhando conosco em 2019, siga o CalçadaSP no Instagram (@calcadasp) e use #calçadasp para compartilhar suas fotos, elas podem fazer parte da galeria de calçadas do projeto.
Leia também: 2018, O ANO EM QUE O CENTRO DE SÃO PAULO FOI REDESCOBERTO
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