A Vida no Centro

Blog do Clayton Melo

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e MBA em Marketing pela FGV, é analista de tendências, com formação na Escola Panamericana de Artes, e curador cultural. É palestrante em temas como futuro das cidades, tendências urbanas, inovação e jornalismo digital em instituições como Facebook, Mackenzie, ESPM, Cásper Líbero, Campus Party e Festival Path. Escreve sobre tendências urbanas, futuro das cidades, inovação e cultura.

Zé Celso, sua luta pelo Parque do Bixiga não será esquecida

Zé Celso Martinez Corrêa, fundador do Teatro Oficina e gênio que revolucionou o teatro brasileiro, também nos ensinou a importância de humanizar a vida na cidade

Publicado em:
Tempo de leitura:5 minutos

Zé Celso, somos eternamente gratos por tudo o que você nos proporcionou.

Gratidão por ter sido esse artista revolucionário que mudou definitivamente o teatro brasileiro.

Gratidão por transformar a cultura brasileira e nos ensinar, como um mensageiro de Dioniso, que a vida tem de ser celebrada, festejada e vivida intensamente.  

José Celso Martinez Corrêa
José Celso Martinez Corrêa e a luta pelo Parque do Bixiga. Foto: A Vida no Centro

Gratidão por ter fundado, junto com outros grandes artistas, o Teatro Oficina, em 1958, esse monumento da cultura brasileira que fica aqui juntinho da gente, no Bixiga, e que tantas histórias, risos e lágrimas provocou em nós.

NEWSLETTER

Assine nossa newsletter para ficar por dentro de tudo o que rola no centro

Gratidão por sua luta contra a ditadura, que te prendeu e te fez sofrer muito.  

E gratidão também pela luta em defesa da criação do Parque do Bixiga.

Luta essa que nós, aqui do Centro, fazemos questão de continuar e levar adiante.

Não deixaremos seu legado em defesa de um parque para a cidade se perca diante de caprichos de gente poderosa que desconhece o significado da palavra humanidade.

É como você disse em entrevista ao A Vida no Centro, quando perguntamos a você sobre como se poderia resolver a pendência em relação à criação do parque:

“Vai se resolver com o apoio da multidão. Com o desacovardamento de todos, de toda a sociedade que está no andar de baixo. Não acredito que virá nada de cima. Mas pode ser que tenham uns caras que se abram e compreendam que a vida é mais importante do que o dinheiro, que a natureza aberta é muito mais importante”.

É isto, Zé:

com o Parque do Bixiga, você nos relembrava, para além da grandeza das suas realizações no teatro, que a cidade é para as pessoas, que a cidade é todos nós. Que a cidade pode ser o lugar do encontro, da poesia e da alegria.

Evoé, Zé!

Evoé, Parque do Bixiga!

LEIA TAMBÉM:

Entrevista com Zé Celso: “Aquele terreno está fadado a ser o Parque do Bixiga”, diz Zé Celso sobre disputa com Silvio Santos