A Vida no Centro

Edson Franco

Franquezas

Edson Franco é jornalista com passagens por Folha de S.Paulo, revistas Galileu, Ele Ela, Guitar Player Brasil, IstoÉ, portal Terra e Canal Rural. Em quase todas essas publicações escreveu sobre música, fazendo críticas e entrevistando gente que vai de Wando a B.B. King. Músico diletante, toca guitarra nas horas vagas e discoteca em baladas de música brasileira dançante. É coautor do livro “Música Popular Brasileira Hoje” (Publifolha) e editor de “Zózimo Diariamente” (editora EP&A). Música é o centro da discussão aqui.

Spotifive #2 – Pizzicato Five, cúmbia moderna e um banho turco!

Desta vez, as dicas sonoras de Edson Franco, nosso blogueiro fuçador do Spotify, passam por Japão, Colômbia, Senegal, EUA-Cuba e Turquia ( e outras coisas sensacionais)

Publicado em:
Tempo de leitura:5 minutos

Aqui vão as cinco escolhas da semana. Como sempre, você pode ouvir tudo aqui mesmo no post ou na playlist Spotifive – Franquezas, facilmente encontrável no Spotify.

Nesta relação de músicas, proponho uma viagem por Japão, Colômbia, Senegal, EUA-Cuba e Turquia.

Vou acabar levando uma bronca dos donos do site A Vida no Centro. Afinal, as minhas listas estão cada vez mais descentralizadas. Mas o risco vale a pena!

  • Nota dos donos do A Vida no Centro: Edson, com toda a franqueza, você tá fazendo lobby pela internacionalização do site com a expectativa de se tornar nosso correspondente no Japão ou na Turquia 🙂

1 – Twiggy Twiggy – Re: Jazz (featuring Akiko)

O som da dupla japonesa Pizzicato Five já é sedutor na origem. Para torná-lo ainda mais irresistível, o grupo The Dynamics banhou essa música na levada de “Sidewinder, clássico do trompetista de jazz americano Lee Morgan. A junção do ritmo pulsante com a suavidade do canto em japonês alivia qualquer agrura. É o tipo de música para ouvir fazendo chatices como passar roupa!

2 – Cosita Rica – Bomba Estéreo

Essa banda de Barranquilla (Colômbia) já esteve três vezes no Brasil. Fui a duas. Na última, eles abriram o show do Arcade Fire. Pena que os preços estavam muito além daquilo que um jornalista que se recusa a usar carteirinha falsa de estudante pode pagar. Mas deu vontade de quebrar o cofrinho, só para reencontrar a voz potente da pequena Li Saumet e a cúmbia renovada que o grupo apresenta.

3 – Telephonista – Lamine Konte

Chegou uma hora em que o Senegal ficou pequeno demais para a fusão de tradição local com outros sons do mundo que Lamine Konte queria fazer. Mestre da kora (espécie de harpa africana), ele levou sua arte para passear por Paris. Aí bateu a saudade, e ele compôs essa música, em que pede socorro à telefonista para falar com seu amor.

4 – Spanish Rice – Clark Terry e Chico O’Farrill

Dois trompetistas, um americano (Terry) e outro cubano (O’Farrill), resolvem sair para almoçar. Depois de uma discussão bilíngue, decidem comer arroz espanhol. Daí pra frente, a conversa vira uma receita culinária e musical, que harmoniza jazz e música latina. O resultado é picante!

5 – Cariño – Baba Zula (featuring La Yegros)

Criada em Istambul, na Turquia, o Baba Zula combina os sons que vêm da esquerda europeia com os que sopram pela direita, vindos da Ásia e do Oriente Médio. Tudo embalado num mântrico e modernizante pacote psicodélico. Para ouvir de olhos fechados e viajar.

Veja os outros posts do Franquezas

O jazz, o Centro e os ouvidos de Ana Ká
Spotifive # 1 – Cantora coreana de jazz, samba-rock alemão, brega paraense e muito mais!
Como a música fez nascer o meu amor pelo Centro