Igreja Santa Ifigênia: conheça a história da Basílica da Imaculada Conceição
O guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho fala sobre a história da igreja Santa Efigênia, que é oficialmente uma basílica.
Veja como fazer uma visita ao Martinelli, que agora pode ser agendada online. Conheça a história do prédio e veja fotos lá de cima
O mirante do Edifício Martinelli foi reaberto a visitas A ação é parte do Triângulo SP, um projeto de turismo para o centro histórico de São Paulo elaborado pela Secretaria Municipal de Turismo. A visita ao Martinelli é gratuita en agora tem uma novidade: as visitas podem ser agendadas com antecedência. É só clicar neste link e escolher o horário. As visitas são gratuitas.
As visitas estão disponíveis todos os dias, nos seguintes horários: 11h, 12h, 13h, 14h30, 15h30, 16h30, 17h30, 18h30 e 19h30. A lotação é de 15 pessoas por horário. Mesmo com o ingresso reservado, é necessário chegar meia hora antes do horário e apresentar documento com foto. Após este período, o ingresso será disponibilizado para fila de espera no local. Cadeirantes podem participar, utilizando a entrada pela Rua São Bento. Em caso de chuva, a visita é cancelada.
As visitas guiadas serão a primeira fase de um plano maior para atrair mais turistas para a região, atraindo turistas para a região, como parte de um plano para aumentar o movimento de pessoas no Centro Histórico fora do horário comercial.
“Queremos criar um destino turístico nesta região”, disse ao A Vida no Centro o secretário municipal de Turismo, Orlando Faria, que vem desenvolvendo este projeto desde maio do ano passado, quando atuava como secretário-executivo no gabinete do prefeito Bruno Covas. Agora, o projeto é prioridade para o prefeito, diz ele. Leia aqui a entrevista completa do secretário Orlando Faria.
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O Martinelli tem uma das mais belas vistas do Centro de São Paulo, e o fechamento do terraço foi muito criticado tanto por moradores da cidade quanto por visitantes que não tinham oportunidade de apreciar São Paulo deste ponto. Entre 2010 e 2016, quando permaneceu aberto, o mirante recebia cerca de 7 mil visitantes por mês, segundo a Prefeitura.
O local também foi usado para eventos fechados e serviu de locações para gravações. A chamada da novela Órfãos da Terra, no ar na Rede Globo, por exemplo, foi gravada no terraço do edifício, um dos mais bonitos de São Paulo. Além da beleza do prédio em si, uma construção dos anos 1920, o terraço tem vista em 360 graus, de onde se pode avistar outros prédios icônicos, como o Farol Santander, ao lado, o Theatro Municipal, a Catedral da Sé e, do outro lado, ao fundo, a Serra da Cantareira.
A abertura para a visitação com monitores da SP Turismo é o primeiro passo de um projeto maior. A Prefeitura também publicou um edital para empresas interessadas numa operação turística no local, com um museu contando a história do edifício no térreo e café e restaurante no terraço.
Serão concedidos os andares 25, 26 e 27 do prédio, incluindo o palacete do Comendador Martinelli, uma casa no alto do edifício, além da loja 11, no térreo, na Avenida São João. O café e restaurante também deverão ter várias opções para os visitantes, de refeições rápidas até um jantar mais sofisticado.
Pelo contrato de concessão, o local deve abrir todos os dias, por pelo menos 10 horas ininterruptas. “Queremos fidelizar o público, que um dia virá para conhecer o Martinelli, outro dia para conhecer o Bar do Cofre, outro dia para o Bar dos Arcos”, diz o secretário de Turismo.
Leia também: SÃO PAULO DO ALTO: CONHEÇA OS MIRANTES DO CENTRO DA CIDADE
O objetivo é consolidar o local como um ponto turístico, além de contribuir para o aumento do movimento de pessoas na região no período noturno e nos fins de semana, quando os escritórios estão fechados. A Prefeitura prevê um investimento de R$ 3 milhões para adequar o espaço às necessidades do programa.
O Edifício Martinelli é um dos primeiros arranha-céus do Brasil e da América Latina. Localizado no centro de São Paulo, entre as ruas São Bento e Libero Badaró e a Av. São João, o prédio foi idealizado pelo comerciante italiano Giuseppe Martinelli e projetado pelo arquiteto húngaro Vilmos (William) Fillinger.
A construção foi iniciada em 1924 e se arrastou por dez anos, sendo parcialmente inaugurado em 1929, com apenas 12 andares. Devido à disputa pelo título de maior arranha-céu do Brasil com o Edifício “A Noite”, também em obras no Rio de Janeiro, o comerciante Martinelli foi acrescentando novos andares até se convencer de que havia vencido a disputa, alcançando 30 andares e 105 metros de altura. Mais de 600 operários e 90 artesãos trabalharam nas obras.
A obra gerou polêmica. Apesar de vista como um símbolo do progresso econômico e tecnológico da mais nova metrópole, foi criticada por seu porte e contraste com os prédios baixos do entorno. Havia ainda uma desconfiança em relação à segurança de um edifício tão alto, e muitos diziam que ele podia cair. Para se contrapor a isso, o Comendador Martinelli construiu um palacete na cobertura do edifício para morar com a família.
Veja fotos:
O rico e luxuoso edifício atraiu inquilinos ilustres, como o Hotel São Bento e o Cine Rosário, além de restaurantes, clubes, partidos políticos, veículos de imprensa e boates. Mas o bom momento não durou muito. A partir da década de 1960, o empreendimento entrou em uma fase de degradação extrema, com precarização das habitações, ocupações por templos e prostíbulos, colapso dos elevadores, acúmulo de lixo nos poços e ocorrência de diversos crimes. No início dos anos 1970 o edifício havia virado um cortiço e era dominado pelo crime organizado.
O edifício foi desapropriado e completamente remodelado entre 1975 e 1979 para abrigar órgãos municipais e lojas no piso térreo. Atualmente o edifício é sede das secretarias municipais de Desenvolvimento Urbano (SMDU), Licenciamento (SEL), Habitação (Sehab) e Subprefeituras (SMSUB), da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab) e da São Paulo Urbanismo, proprietária de alguns andares do prédio, incluindo a cobertura. Atualmente, cerca 80% do prédio pertence a Prefeitura de São Paulo e o restante é privado.
A partir da década de 1980, com a regulamentação pelos órgãos de preservação do patrimônio histórico (Conpresp e Condephaat) das diretrizes de preservação de áreas envoltórias de imóveis e espaços públicos próximos, o Edifício Martinelli teve sua volumetria e fachadas tombadas.
Em 2008, a cobertura do edifício foi restaurada e o terraço foi aberto à visitação pública em 2010, permanecendo assim até 2016.
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