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Localizado no Conjunto Nacional, Blue Note tem a proposta de aliar boa música e gastronomia e terá programação de rua; saiba mais
Por Ariane Cordeiro
Depois da abrir o Bar dos Arcos, Facundo Guerra, um dos principais empresários da noite de São Paulo, já ingressou numa nova empreitada: o Blue Note, segunda filial no Brasil do tradicional clube de jazz nova-iorquino. A primeira foi inaugurada no Rio de Janeiro, em agosto de 2017, por Luiz Calainho, sócio de Facundo em São Paulo e detentor da marca no país. A matriz do clube, nos EUA, foi inaugurada em 1981, é um dos templos mundiais do jazz e já recebeu artistas consagrados, como B.B King, Ray Charles, ChickCorea, Sarah Vaughn e John Scofield. Hoje, o Blue Note conta com diversas filiais ao redor do mundo, em lugares como Califórnia, Hawaii, Milão, Pequim, Tokyo e Nagoya.
Quando surgiu a oportunidade de trazer a casa para São Paulo, o empresário não hesitou. Em entrevista ao A Vida no Centro, Facundo conta que, depois de conhecer a casa dos EUA, pensou que o lugar ideal para ela aqui seria a Avenida Paulista. “É difícil pensar em outro lugar. A Paulista é a avenida símbolo da capital. É o coração da cidade, além de ter o charme e ser a cara de Nova York. Definitivamente, não poderia pensar em outro lugar que não ali”, diz Facundo.
Com um investimento estimado em R$ 3,2 milhões, o Blue Note São Paulo ocupa um salão de 800 metros quadrados e mantém o clima do clube original, caracterizado pela programação de qualidade, iluminação azulada e a proximidade da plateia com os músicos, que cria uma atmosfera intimista.
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A novidade para a capital paulista está na programação de rua: todos os domingos a banda da casa, a Blue Note Jazz Band, fará apresentações gratuitas de 1h na avenida, em frente ao Conjunto Nacional. “A Paulista é a avenida mais democrática da cidade. Todos os domingos ela fica fechada para os carros, e o que vemos é o público tomando as ruas, a vida e a arte acontecendo. Queremos conversar, interagir com todos os públicos”, afirma Facundo.
Veja fotos do Blue Note SP
O empresário faz menção ao cruzamento da Avenida Paulista com a Rua Augusta, onde o Conjunto Nacional está localizado, e ao Centro, que ele ajudou no processo de transformação iniciado em meados dos anos 2000, com a instalação da boate Vegas, no Baixo Augusta. Desde então, Facundo vem colecionando empreendimentos que acabam por ter a função de iluminar a história e a vida cultural local. “Eu amo a cidade e quero contribuir o máximo que puder com o desenvolvimento do lazer e do entretenimento nela”, diz. Entre seus outros empreendimentos estão, além do Bar dos Arcos, o Mirante 9 de Julho, Lions, Yatch e Cine Joia.
Localizado no 2º andar do Conjunto Nacional, o Blue Note tem vista para a Avenida Paulista. O espaço já foi ocupado pela Casa Fasano, na década de 1950, quando recebia jantares e eventos da elite paulistana.
Em funcionamento desde 15 de fevereiro, a casa pretende unir boa programação musical e gastronomia. O restaurante é comandado pela chef Daniela França Pinto e terá almoços executivos, com cool jazz ao vivo. À noite, além dos pratos fixos, haverá opções de petiscos e uma carta de vinhos, uísque e drinques. Aos domingos terá um brunch, das 12h às 16h.
O ambiente possui 336 lugares. As mesas são juntinhas e a decoração ressalta o requinte seguido pelas demais filiais. A casa segue a atmosfera intimista dos clubes de jazz americanos. O palco tem, no máximo, 50 centímetros de altura. E, atrás dos instrumentos, um letreiro em neon com o nome da casa.
Para trazer o Blue Note a São Paulo, Facundo se associou a Luiz Calainho, suíço criado no Rio de Janeiro e empresário experiente na área. Calainho foi vice-presidente da Sony Music na década de 1990 e, nos anos 2000, fundou a L21 Participações, voltada à cultura e à arte. Atualmente, ele comanda uma feira de arte contemporânea e o Teatro Riachuelo. Calainho foi o responsável por trazer o Blue Note para o Brasil, em 2017. O Blue Note em São Paulo conta ainda com Flavio Pinheiro, Daniel Stain e Marcelo Megale na sociedade.
O destaque da programação são os artistas nacionais. “Convidamos musicistas e músicos que admiramos. Queremos trazer o melhor do Brasil”, conta Facundo. A casa já teve shows de Marcos Valle e Azymuth, Toquinho, Leny Andrade, João Bosco, Baby do Brasil, Hermetto Pascoal e Yamandu Costa, entre outros.
Os eventos são promovidos pela Porto Seguro Cartões, com patrocínio da Estácio e da companhia aérea Azul. Seguindo o conceito da matriz, a casa conta com um clube de benefícios e vantagens para os associados que vão de descontos nos ingressos, reservas de mesas e entrada expressa em fila, além de aceso a uma plataforma exclusiva, o Blue Note Play, que inclui acervo e possibilita que o cliente assista aos shows ao vivo que estiverem acontecendo na casa. Tudo dependerá do plano ou pacote escolhido. Os interessados podem se cadastrar por meio do site, onde também há mais informações e a agenda completa. Em noites de grandes espetáculos, os ingressos deverão custar, em média, R$ 180 (lounge) e R$ 250 (premium lounge), com direito à meia-entrada.
A agenda pode ser acessada por meio deste endereço e pelas redes sociais da casa.
A abertura do Blue Note chega para uma nova etapa do Conjunto Nacional. O famoso edifício, projetado por David Libeskind e inaugurado em 1958, é endereço cativo de paulistanos e turistas. Ganhou fôlego novo em 2007, ano em que a Livraria Cultura, presente na galeria desde 1969, expandiu sua operação, com mais de 3,5 mil m2, na área onde funcionava o tradicional Cine Astor. Entre as novidades trazidas pelo projeto arquitetônico na ocasião estava o Teatro Eva Herz, com capacidade para até 200 pessoas. Em dezembro do mesmo ano foi inaugurada a loja de Artes, que passou a abrigar todos os títulos relacionados ao tema, também na galeria.
O Blue Note nasceu em 1981, criado por Danny Bensusan, com a proposta de se tornar um premier jazz club em Nova York, e se tornou um patrimônio cultural da cidade. Um dos grandes atrativos é a atmosfera intimista, por onde já passaram nomes como Stevie Wonder, Liza Minelli e Tony Bennet, que muitas vezes saíram da plateia para Jam Sessions (tocar improvisando). Nos clubes de jazz é comum que, após o número principal, os músicos presentes sejam convidados para subir ao palco e tocar junto com a banda sem nenhum ensaio prévio.
Blue Note
Endereço: Conjunto Nacional, 2º andar. Avenida Paulista, 2.073, Bela Vista.
Inauguração: dia 15 de fevereiro de 2019
Como chegar: acesso pelo metrô, em frente à estação Consolação
Agenda e ingressos: www.tudus.com.br
Lugares: 336
Funcionamento:
Shows de 4ª a sábado a partir das 18h30 (1º set, às 20h, e 2º set, às 22h30)
Almoço executivo de 2ª a 6ª, das 12h às 15h
Domingo com brunch e música ao vivo das 12h às 16h
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