Igreja Santa Ifigênia: conheça a história da Basílica da Imaculada Conceição
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Moradores do Centro de São Paulo criam redes de solidariedade para que idosos não precisem sair de casa para fazer compras, pagar contas ou resolver outras pendências que exigem sair de casa, expondo-se ao vírus
Denize Bacoccina
As recomendações das autoridades para que as pessoas evitem sair de casa por causa da pandemia de coronavírus, o Covid-19, levou à criação de vários grupos de vizinhança para ajudar pessoas mais vulneráveis, como idosos e pessoas com outras doenças que podem estar mais suscetíveis à doença. A ideia é evitar que essas pessoas precisem sair de casa para fazer compras, pagar contas ou resolver outras pendências que exigem sair de casa, expondo-se ao vírus.
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A instrutora de mindfulness Natasha Bontempi se inspirou num aviso que viu num elevador, escrito à mão, oferecendo ajuda para quem não podia sair de casa, para uma ação em contraponto à reação de pânico e histeria que via ao redor.
Moradora da Vila Buarque, um bairro que tem ao mesmo tempo uma grande população de pessoas idosas e de jovens, e um forte senso de comunidade, Natasha resolveu espalhar a iniciativa montando um formulário que pudesse ser baixado, impresso e colocado em outros prédios da região, para que os próprios moradores se organizassem.
A iniciativa foi abraçada pela jornalista Priscilla Torelli, que administra o perfil de Instagram @vilabuarque, na Vila Buarque, e publicou o formulário. “Estamos num momento nunca antes visto na história do planeta e temos que nos ajudar”, diz Priscila, que já tem um histórico de trabalhos com redes comunitárias. Além do perfil da Vila Buarque, que ela faz de forma voluntária para divulgar o que acontece no bairro, ela é do conselho do prédio em que mora e faz parte de comunidades do AirBnb. “Tudo isso que está acontecendo incentiva a interdependência”, diz Priscilla.
“Ao mesmo tempo que tem muita histeria, estou vendo uma reação muito grande de generosidade, atenção, carinho, todas essas outras coisas que ajudam a gente a pôr a cabeça no lugar”, diz Natasha.
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Independentemente das redes sociais, alguns prédios estão criando grupos para poupar idosos que moram sozinhos de ter que sair à rua. Márcia Malheiros, síndica de um prédio na Praça Roosevelt, usou o WhatsApp do prédio para montar um grupo de voluntários que podem auxiliar vizinhos que precisarem de ajuda para fazer compras ou pagar contas pela internet, já que muitos moradores estão trabalhando em home office.
No Copan, maior edifício do Centro e um dos maiores do país, com 1.160 apartamentos, a moradora Polly Mariah, que administra o Instagram TheCopan, montou um grupo de 30 voluntários que está se oferecendo para ajudar os que não devem sair de casa em atividades como compras no supermercado, farmácia, ou passear com o cachorro.
Com a ajuda da administração do edifício, onde moram mais de 3 mil pessoas, ela está fazendo um rastreamento de pessoas mais vulneráveis e verificar se estão bem e se precisam de ajuda. “Muitas pessoas desses grupos de risco a gente quase não vê, porque eles socializam pouco. Por isso pedimos a ajuda da administração para este levantamento”, diz Polly.
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