Igreja Santa Ifigênia: conheça a história da Basílica da Imaculada Conceição
O guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho fala sobre a história da igreja Santa Efigênia, que é oficialmente uma basílica.
Participação no brunch garante visita a áreas da Catedral da Sé que só podem ser visitadas com guias, como sinos e torres
A Praça da Sé é o marco zero de São Paulo, o ponto a partir do qual se calcula a quilometragem das rodovias e onde começa a numeração das ruas. É também onde fica a Catedral da Sé, a igreja mais importante da cidade e a mais imponente, com suas torres. É possível visitar a parte principal da igreja livremente, ou mesmo assistir às missas realizadas diariamente, em vários horários. Mas existe uma outra maneira de visitar a catedral e conhecer áreas que só podem ser vistas em ocasiões especiais, com acompanhamento de guias.
Uma dessas oportunidades é o brunch, realizado no domingo, depois da missa das 11h, uma vez por mês. O local, no espaço que fica literalmente acima do altar principal, só pode ser acessado nessa ocasião. Depois do brunch, os convidados são levados por guias a locais com visitação restrita, como o carrilhão de sinos, o coro, as torres e o telhado.
História da Catedral da Sé
A Catedral da Sé parece muito antiga, com seu aspecto de pedra antiga, torres imensas, vitrais coloridos e cúpulas de bronze esverdeados pelo tempo. Parece, mas não é. O que existia até o início do século 20 é uma igreja muito mais modesta, remanescente da época em que São Paulo ainda era uma cidade pequena. Como outras obras feitas no século 20 em São Paulo, ela foi feita para parecer mais antiga do que é e para mostrar o poderio econômico de São Paulo, numa época em que a cidade, enriquecida pelo café, se modernizava e queria parecer uma cidade europeia.
O estilo é neogótico, porém a cúpula é de estilo renascentista, o que dá um ar eclético ao prédio, considerado o quarto maior templo neogótico do mundo. O projeto é do alemão radicado no Brasil Maximilian Hehl, professor da Escola Politécnica. Tem 111 metros de comprimento, 46 metros de largura e 65 metros de altura, sem contar as torres.
A construção começou em 1912, mas a crise do café no fim dos anos 1920 e as guerras, que dificultaram a importação dos materiais de construção, atrasaram a conclusão das fim das obras, já que vitrais, esculturas e mobiliário vieram da Itália. A Catedral foi inaugurada em 1954, para o aniversário de 400 anos da cidade, mas ainda incompleta, sem as torres, que só foram finalizadas no fim dos anos 1960.
Antes, é claro, já existia uma outra igreja ali, construída entre o fim do século 16 e início do século 17, e que foi demolida para a construção da nova catedral.
Saiba como funciona o brunch na Catedral da Sé:
A primeira e mais importante informação: é preciso reservar com antecedência. A procura é grande e as vagas são limitadas, mas vale a pena tentar porque, de acordo com a procura, são abertas datas extras. O telefone de contato é (11) 98496-9702 e o Instagram é @brunchnacatedral. O evento é organizado pela Associação Amigos da Catedral, grupo de não religiosos que apoia a igreja, e os recursos são usados para as despesas do local, como água e energia e a secretaria.
O brunch começa logo após a missa das 11h, por volta de 12h20, com a recepção dos convidados. Os convidados são identificados e informados do número da mesa.
Subindo as escadas, acima do altar, no local onde fica o órgão. O local é de acesso restrito, e a sensação é exatamente esta, de exclusividade.
O brunch está montado, com saladas, entradas e pratos principais, quentes e frios. O cardápio varia a cada edição, mas sempre tem opções vegetarianas, carne, peixe, massas. As bebidas são servidas por garçons. E um músico dá o clima de celebração. A mesa de sobremesas, montada depois, tem várias opções de tortas e pudins, além de frutas.
O salão onde as mesas estão montadas também é parte do encanto. As janelas decoradas dão uma sensação de se estar nos bastidores, dentro da estrutura da catedral. E, de fato, é o caso, já que estamos dentro das torres dos fundos da edificação.
A visita à Catedral
Essa sensação de transitar pelos bastidores fica ainda mais forte depois do almoço, durante a visita guiada a locais que não são abertos ao público, como o coro, o local dos sinos e as torres.
A visita às torres exige boa forma física. O elevador poupa uma parte do caminho, levando o visita do saguão ao andar onde fica o coro, de onde pode-se ver o vitrais. Um deles, no formato de rosácea, foi importado da Itália, ficou “esquecido” durante décadas e só foi encontrado nas obras de reforma, no começo dos anos 2000.
Aí foi montado e é esta maravilha que podemos ver.
O piso do coro também tem uma espécie de varanda, voltada para a Praça da Sé, com vista para a zona leste da cidade.
A partir dali, o caminho é percorrido pelas escadas até chegar nas torres.
A primeira parada é no salão dos sinos, onde também ficam nas torres voltadas para a frente da praça. O tamanho impressiona.
Corredores que percorrem toda a lateral da catedral oferecem vistas incríveis não só da estrutura da igreja em si mas de toda a cidade.
Lá, você está literalmente no telhado da catedral.
A cripta da Catedral da Sé
Do telhado, para o subsolo.
Sabia que existe uma cripta a sete metros abaixo do nível da Praça da Sé? A capela subterrânea foi inaugurada em 1919, seis anos antes do início da construção da catedral, no mesmo estilo gótico do restante da catedral e tem teto de tijolos, colunas e escadas de granito e piso de mármore.
E lá estão os túmulos de vários religiosos importantes, como os padre Diogo Antonio Feijó, o Regente Feijó, regente do Império, os cardeais arcebispos de São Paulo e o índio Tibiriçá, cacique dos tupiniquins que habitavam a região na época da chegada dos portugueses, em 1554.
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