Lina e Pietro Maria Bardi: conheça o novo Masp e veja fotos
Novo MASP terá dois edifícios, batizados de Lina (o antigo) e Pietro Maria Bardi (o novo) e junto com o vão livre vão dobrar a área do museu
Novo MASP terá dois edifícios, batizados de Lina (o antigo) e Pietro Maria Bardi (o novo) e junto com o vão livre vão dobrar a área do museu
O novo prédio do Masp, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, teve as obras concluídas e vai se chamar Pietro Maria Bardi, em homenagem ao primeiro diretor artístico do museu, responsável pela aquisição das primeiras obras de arte da instituição, quando ela foi criada, em 1947. O edifício atual, com as colunas vermelhas, foi batizado de Lina Bo Bardi (1914-1992), arquiteta que projetou o prédio que se tornou cartão postal de São Paulo e foi reconhecida pelo conjunto de sua obra com o Leão de Ouro Especial na Bienal de Veneza de 2021.
Lina e Pietro (1900-1999) eram italianos, casados, e vieram juntos para o Brasil a convite de Assis Chateaubriand, para montar o MASP. Pietro era crítico de arte e marchand e Lina já era uma arquiteta consagrada quando veio para o Brasil. Além do Masp, ela fez várias outras obras importantes, como o Sesc Pompeia.
O novo prédio tem 14 andares e 7.821 m² e, junto com a concessão do vão livre que foi obtida recentemente pelo Masp, vai dobrar a área do museu, dos atuais 10.485 m² para 21.863 m² a partir de março de 2025.
O Pietro Maria Bardi terá cinco galerias de exposições, duas áreas multiuso, salas de aula, laboratório de conservação, área de acolhimento, restaurante e café, além de depósitos e docas para carga e descarga de obras de arte.
A construção foi iniciada em 2019 e totalmente financiada por doações de pessoas físicas, que somaram R$ 250 milhões, sem uso de leis de incentivo. O projeto arquitetônico é liderado pela METRO Arquitetos Associados, dos sócios Martin Corullon e Gustavo Cedroni, com participação de Júlio Neves no projeto legal. O escritório já tinha feito uma reforma no Masp em 2015, quando foram instalados os cavaletes de concreto e vidro que haviam sido projetados por Lina Bo Bardi na construção do edifício.
Segundo Corullon, os arquitetos optaram por uma fachada limpa para estabelecer uma relação harmoniosa com o edifício histórico. O revestimento em chapas metálicas perfuradas e plissadas funcionam como uma “pele” protetora, controlando a entrada da luz e reduzindo o aquecimento interno e a necessidade do sistema de climatização. As fundações e a estrutura do edifício Dumont-Adams, projetado e construído na década de 1950 como um prédio residencial, foram reaproveitadas, o que resultou ao projeto uma baixa pegada de carbono.
Conexões entre os dois edifícios
Os dois prédios estão interconectados, tanto em termos de harmonia visual como na relação entre o museu e o ambiente urbano por meio da transparência. Enquanto a fachada de vidro do edifício original cria uma continuidade visual entre o interior do museu e a Avenida Paulista, ao entrar no Pietro, o visitante poderá observar a cidade e o próprio edifício Lina por meio de aberturas que são vistas por quem está dentro do prédio durante o dia. À noite, essas mesmas janelas permitem ver fragmentos do interior do edifício por quem passa.
A conexão também se dará por um túnel de 40 metros interligando os dois prédios. Essa parte ainda não está pronta, e a previsão é de entrega no segundo semestre de 2025.
Programação em 2025
O ano de 2025 será dedicado às Histórias da Ecologia. O museu vai promover exposições, cursos, palestras, oficinas, seminários e publicações que convidam à reflexão sobre temas como a relação entre ser humano e meio ambiente.
Em março, na inauguração das novas galerias do Edifício Pietro, serão apresentadas exposições com recortes do acervo MASP e uma mostra sobre as histórias do museu.
O vão do Masp também será reaberto como uma extensão do museu, com livre acesso a todos. Mantendo as características originais do espaço, como praça cívica de livre circulação da população, a instituição prevê, em 2025, oferta de ampla e diversa agenda de atividades culturais gratuitas, área de convivência, instalação de mobiliário urbano, instalação de wi-fi gratuito, iluminação, segurança, gestão de resíduos, além de serviços de manutenção e conservação.
Leia mais sobre a história da sede do Masp:
MASP 70 ANOS: VEJA FOTOS HISTÓRICAS DA CONSTRUÇÃO E INAUGURAÇÃO
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