Igreja Santa Ifigênia: conheça a história da Basílica da Imaculada Conceição
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Em temporada gratuita na Oficina Cultural Oswald de Andrade, o espetáculo “Foxfinder” aborda a opressão ao cidadão em contextos totalitários
Por Marcio Aquiles
Ser opressor é antiético, tóxico, perverso. E o pior, brega. Relações verticais que derivam em humilhação, submissão, usufruto de pequenos poderes banais para crescer em cima de outro ser humano – igualmente medíocre e insignificante, somos apenas mais uma espécie a ocupar essa terceira rocha do sistema solar, cujo único diferencial com as outras, provavelmente, não seja nada além de nosso ‘talento’ singular em produzir lixo e destruir o meio ambiente – são, no fundo, patéticas.
As relações de opressão, sejam familiares, sociais ou profissionais, indicam o quão estreita é nossa régua civilizatória. Em países/contextos onde o ceticismo não é estimulado, sobram as crenças dogmáticas, equívocos científicos, devoção a genocidas ou santinhos do pau oco, deixando o cidadão ainda mais suprimido diante de suas potencialidades, e tornando-o passível de todos os tipos de assédios físicos ou psicológicos em casa, na rua, no trabalho.
Quando essas relações de poder migram para um nível superior, institucional, a coisa só piora. Em “Foxfinder – A Caça”, dramaturgia da autora britânica Dawn King, a opressão e a lavagem cerebral vêm por parte do Estado. Em uma fazenda inglesa ameaçada pela crise da produção de alimentos, um agente do governo, treinado desde os cinco anos para ser um autômato que segue ordens irracionais, vai fiscalizar a propriedade agrícola em busca das temidas raposas, as responsáveis, segundo o Estado, por contaminar as plantações, influenciar o clima e perturbar a mente das pessoas. Trata-se, como se vê, de uma ficção distópica, gênero cujos atributos giram em torno de um Estado totalitário e do controle sobre o que os cidadãos fazem ou deixam de fazer, gerando uma versão distorcida sobre o que é a realidade.
O espetáculo é muito bem dirigido por Wallyson Mota, que constrói um clima sóbrio e sombrio para a trama, com destaque para as belas projeções, discretas, elaboradas e em harmonia com o desenho de luz. O elenco está afinado e transita por diferentes estados de emoção – alguns espectadores, foi o meu caso, terão a sorte de assistir bem de perto algumas cenas quase sussurradas, closes pontuais que dão brilho extra à encenação. A montagem que ocupou até terça (14) o Teatro Sérgio Cardoso segue agora para a Oficina Cultural Oswald de Andrade, em temporada gratuita.
P.S. Desconfie, sempre, de lobos ou raposas em pele de cordeiro que fazem de tudo, à vista de todos ou por baixo do pano, para transformar horizontes em obstáculos.
Leia os outros textos de Marcio Aquiles aqui.
Serviço:
Segundas a quartas-feiras – 20h
Gratuito com retirada de ingressos com 1h de antecedência | Sala 7
Onde: Oficina Cultural Oswald de Andrade – Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro @marcioaquiles
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