Lina e Pietro Maria Bardi: conheça o novo Masp e veja fotos
Novo MASP terá dois edifícios, batizados de Lina (o antigo) e Pietro Maria Bardi (o novo) e junto com o vão livre vão dobrar a área do museu
A região abriga vários prédios históricos, que acabaram se transformando em museus e centros culturais. Veja o que fazer no Bom Retiro
Ariane Cordeiro
Muito mais do que um bairro comercial, o Bomra (como é carinhosamente chamado por moradores e frequentadores da região) é cheio de lugares para passeios culturais e ao ar livre, com os principais museus da cidade. Veja neste post os principais museus e pontos culturais e neste outro aqui os cafés, bares e restaurantes para complementar o programa.
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Um dos bairros mais antigos de São Paulo, com a história ligada ao ciclo do café e depois à industrialização, o Bom Retiro já passou por vários momentos. A proximidade com a estação da Luz ajudou a torná-lo um local estratégico para o comércio.
Famoso pelas confecções e lojas de roupas, o Bom Retiro vem se transformando e atualizando o aspecto multicultural que sempre o caracterizou. Primeiro, como um ponto de concentração dos imigrantes judeus, que conforme prosperavam no Brasil foram se mudando para outros bairros e dando lugar a outros grupos étnicos: coreanos e chineses, depois os árabes, e, mais recentemente, os colombianos, bolivianos e peruanos. Com eles, a gastronomia e a cultura da região foi se enriquecendo, ganhando mais força e expandindo territórios, com diferentes aromas e sabores.
Hoje em dia, além do comércio, o bairro abriga vários prédios históricos, que acabaram se transformando em museus e centros culturais. Conheça alguns:
Parque Jardim da Luz
O Parque Jardim da Luz ocupa uma área urbana de 113.400 m². Aberto ao público em 1825, o Parque é o mais antigo da cidade de São Paulo. Inaugurado inicialmente como um Jardim Botânico, era o único ponto de lazer da cidade na época. No Jardim da Luz existe uma grande variedade de plantas nativas e exóticas, sendo muitas delas centenárias. Foram documentadas 165 espécies, sendo que 10 delas estão em risco de extinção, como Cabreúva, Cambuci e Palmito-jussara. O Parque possui diversos espaços de interação, como coretos, utilizados para ensaios por musicistas, uma pista de Cooper, com mais de 5 km, e uma academia com pesos e instrumentos em concreto. Tudo gratuito.
Endereço: Rua Ribeiro de Lima, s/n – Bom Retiro
Horário de funcionamento: De segunda a segunda-feira. 24h com policiamento. A segurança é 24h, na entrada e vigias que transitam por toda a extensão do Parque
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Localizado em um casarão da época dos barões de café, a Oficina Cultural Oswald de Andrade realiza ações gratuitas e tem foco na formação e difusão cultural em diferentes linguagens artísticas. Entre elas, artes plásticas, audiovisual, circo, performance, HQ, dança, fotografia, literatura, música, teatro e gestão cultural. São cursos, palestras, oficinas, workshops, espetáculos e exposições para todos os públicos. As oficinas culturais integram um programa da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo que atua, desde 1986, na formação e na vivência da população no campo da cultura, administrado pela organização social POIESIS – Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura.
Endereço: Rua Três Rios, 363
Funcionamento: Segunda a sexta das 9h às 22h e aos sábados das 10h às 18h
Telefone: (11) 3222-2662 / 3221-4704
A Casa do Povo é um centro cultural que revisita e reinventa as noções de cultura, comunidade e memória. Formada por coletivos artísticos, movimentos autônomos, iniciativas comunitárias e associações do Bom Retiro, a Casa do Povo reúne projetos que fazem uso do espaço e participam do funcionamento. Na programação, aulas de ioga, oficinas de redação aberta com jornalistas, ateliê vivo, clínica aberta de psicanálise, homenagens, exposições, entre outras atividades. Para acompanhar, acesse o site.
Endereço: Rua Três Rios, 252
Horário de visitação: Terça a sábado, das 14h às 19h
Telefone: (11) 3227-4015
Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto
Inaugurado em novembro de 2007, o Memorial é uma homenagem aos mais de seis milhões de judeus assassinados entre 1933 e 1945. Localizado na antiga Sinagoga do Bom Retiro, o museu ocupa o último andar do Memorial da Imigração Judaica e ambos estão abertos ao público gratuitamente. É composto por acervo interativo e audiovisual, com fotos, vídeos, objetos da época e instalações idênticas às do passado. É preciso agendar horário para uma visitação monitorada através do site ou telefone.
Endereço: Rua da Graça, 160
Horário de funcionamento: de segunda a quinta-feira, das 9h às 17h. Às sextas-feiras, das 9h às 15h. Fechado aos finais de semana. Visitas só com agendamento prévio.
Telefone: (11) 3331-4507
Fundado em 1774, por iniciativa de Frei Galvão (1739-1822), onde estão seus restos mortais, o museu está localizado em um mosteiro e é a única edificação colonial do século 18 em São Paulo a preservar seus elementos, materiais e estrutura originais. Foi tombado como monumento arquitetônico de interesse nacional em 1943. Atualmente é mantido por um acordo entre o Governo do Estado e a Arquidiocese de São Paulo.
O museu abriga um dos mais importantes acervos de arte sacra do Brasil, acumulado pela Mitra Arquidiocesana ao longo do século 20, com peças provenientes de antigas igrejas de todo o país. É constituído por obras de coro arquitetônico, artístico, arqueológico, devocional, bibliográfico e arquivístico. E também por imagens de santos feitas no Brasil e na Europa, entre os séculos 16 e 20, além de pratarias e quadros. Destaque para as obras produzidas por artistas como: Aleijadinho, Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Mestre Valentim, Mestre Ataíde, Almeida Júnior e Benedito Calixto.
Endereço: Avenida Tiradentes, 676
Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h
Ingressos: de R$ 3-6
Fundada em 5 de dezembro de 1905 e regulamentado como museu público estadual desde 1911, a Pina (como vem sendo chamada) ocupa um edifício construído em 1900, no Jardim da Luz, projetado por Ramos de Azevedo e Domiziano Rossi para ser a sede do Liceu de Artes e Ofícios. É o mais antigo museu de arte de São Paulo. Após a reforma conduzida por Paulo Mendes da Rocha, em 1990, tornou-se uma das mais dinâmicas instituições culturais do país, sendo referência nacional e mundial. Recebe exposições badaladas de artistas conhecidos e tem um acervo com mais dez mil peças abrangendo majoritariamente a história da pintura brasileira dos séculos 19 e 20.
Endereço: Praça da Luz, 2
Horário de funcionamento: de segunda a domingo, das 10h às 17h30. Fecha às terças-feiras.
Ingressos: R$ 5–10. Gratuito aos sábados.
Após um incêndio que destruiu o prédio em 2015, anexo à estação da luz, o museu está fechado para reconstrução. A reabertura está prevista para dezembro de 2019. É importante citar que o museu, inaugurado em 2006, é um dos mais importantes em termos de cultura e acesso popular. Ele quebrou a barreira e inaugurou exposições totalmente digitais ao grande público. Em quase 10 anos de funcionamento, o museu quase 4 milhões de visitantes, com exposições homenageando escritores como Clarice Lispector, Machado de Assis, Cora Coralina, Fernando Pessoa, Oswald de Andrade, Jorge Amado, Rubem Braga, Guimarães Rosa, Agustina Bessa-Luís e Gilberto Freyre, além do cantor e compositor Cazuza.
Endereço: Praça da Luz – Ao lado da Estação da Luz
Reabertura em dezembro de 2019
Se animou? Então veja aqui uma lista de cafés, bares e restaurantes para completar o programa.
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