As opções passam por Sesc, museus e roteiro de compras, entre outras; veja as dicas de passeio pelo bairro da Luz, um dos lugares que ajudam a contar a história de São Paulo
Por Francine Costanti
A Luz é um bairro com legado cultural riquíssimo. A região tem prédios históricos, centenários e cheios de memórias e curiosidades. Selecionamos alguns para este post, todos próximos a linhas do metrô e alguns deles, literalmente, colados um no outro. Com disposição você consegue seguir essas dicas de passeio na Luz e em seu entorno num só dia – alguns dos locais hoje são espaços culturais.
Confira a lista:
O casarão foi construído em 1890 por Ramos de Azevedo e era a casa da família de Henrique Santos Dumont, irmão do famoso aviador. Com a morte de Henrique, em 1926, o local passou por uma reforma para sediar o colégio Stafford, um internato para meninas. Durante os anos de 1980 e 2000 foi ocupado por cerca de 200 famílias sem-teto.
Em 2005 foi revitalizado e desde então se tornou o Museu da Energia. No local são realizadas festas, oficinas de pintura e literatura e atividades educativas para crianças. As exposições fixas mostram objetos e eletrodomésticos que fizeram parte da história da energia elétrica e há também o “Espaço das Águas”, voltado para a história do saneamento e uso consciente da água.
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Alameda Cleveland, 601
Terça a sábado das 10h às 17h / Domingo e segunda é fechado
Telefone: (11) 3224-1489
Como chegar: Desembarque na estação Luz pela saída “Av. Cásper Líbero” e continue andando pela Av. Cásper Líbero. Vire à esquerda na R. Mauá e à esquerda no Viaduto Gen. Couto de Magalhães. Depois vire à direita na Rua Cleveland e à direita na Alameda Cleveland. O percurso a pé leva 15 minutos.
Composto por 2 subsolos, térreo e 3 pavimentos, traz comedoria, oficinas de criatividade para crianças, cursos, palestras, performances, festivais de música, biblioteca e espaço de leitura. Há ainda academia, ginásio poliesportivo, piscina e teatro.
A unidade se destaca pela lindíssima arquitetura. Suba até o último andar e aprecie a vista do de cima para o saguão, com bancos de madeira em formato de S, e a enorme sala da biblioteca, com um mural horizontal que imita as cores do céu.
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Alameda Nothmann, 185
Terça a sexta das 9h às 21h / Sábado das 10h às 21h / Domingo das 10h às 18h / Segunda é fechado
Telefone: (11) 3332-3600
Como chegar: Desembarque na estação Luz pela saída “Av. Cásper Líbero” e continue andando por essa avenida. Vire à esquerda na R. Mauá e à esquerda no Viaduto Gen. Couto de Magalhães. Depois vire à direita na Rua Cleveland e vire à esquerda na Alameda Nothman. O Sesc fica na rua ao lado do Museu da Energia.
Catavento: para crianças e jovens que se interessam por ciência
Antes de abrigar o museu, o edifício, inaugurado em abril de 1924, pertencia ao Palácio das Indústrias e foi projetado por Domiziano Rossi com a ajuda da dupla Ramos de Azevedo e Ricardo Severo. Na década de 1970 foi sede da Secretaria de Segurança Pública e, em 1992, passou a ser a Prefeitura da Cidade de São Paulo.
Desde 2009 o casarão é uma das principais atrações para o público infantojuvenil que se interessa por meio ambiente, biologia, sistema solar, evolução humana e tecnologia. São dois ambientes com mais de 250 instalações que incluem painéis interativos, imagens e informações sobre ciência. No ano passado foi inaugurado o Jardim dos Polinizadores, com inúmeras plantas, e o Borboletário, uma cúpula que abriga borboletas. O museu fica bem próximo ao Mercado Municipal.
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Avenida Mercúrio, Parque Dom Pedro II, s/n
Terça a domingo das 10h às 17h / Segunda é fechado
Telefone: (11) 3315-0051
Como chegar: Desembarque na estação Sé pela saída “Poupatempo”, ande em direção à R. Venceslau Brás e desça a R. Rangel Pestana. Siga pela esquerda (na rua do Terminal Parque Dom Pedro II). Vire à direita e vá em direção à Avenida do Estado. O Catavento fica na próxima rua, à esquerda.
Inaugurado em 1825, é o jardim mais antigo da cidade. Inicialmente intitulado como um jardim botânico, era um dos únicos lugares para lazer das pessoas na época. O “jardim” passou a fazer parte do nome porque abrigava plantas muito comuns.
Em 1999 ocorreu uma grande revitalização do jardim, e especialistas conseguiram recuperar algumas espécies vegetais, fazer a limpeza do lago, reforma do sistema elétrico, do coreto e da Casa do Administrador. Além de eventos de dança e alongamento, o mais popular deles ainda é a feira de automóveis antigos, que acontece todo 1º domingo do mês.
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Praça da Luz, s/n
Terça a domingo das 09h às 18h / Segunda é fechado
Telefone: (11) 3227-3545
Como chegar: Desembarque na estação Luz pela saída “Pinacoteca”. Ao subir as escadas, atravesse a rua. O jardim fica ao lado da Pinacoteca, à esquerda.
O antigo Liceu de Artes e Ofícios ganhou em 1905 uma sala no terceiro piso para expor obras de arte. Estava selada ali a sua vocação, reforçada por uma reforma realizada nos anos 1990 pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que deu a cara atual do local. Hoje são três ambientes que abrigam exposições temporárias e o acervo do museu, com obras que contam a história da arte no Brasil. No térreo tem ainda uma cafeteria, ao lado do Parque da Luz. Bom para relaxar e refletir sobre as obras ou para uma paradinha num dia de visita pela região.
Praça da Luz, 2
De quarta a segunda das 10h às 17h30 / Terça é fechado
Ingresso: R$ 6,00 / Meia-entrada: R$ 3,00 – Gratuito aos sábados
Telefone: (11) 33241000
Como chegar: Desembarque na estação Tiradentes do metrô (linha azul) e vire à direita, na Avenida Tiradentes. Vire à direita novamente e siga reto. A Pinacoteca fica na mesma calçada, à direita, a cerca de 250 metros do metrô.
A Rua José Paulino é famosa pelo comércio de atacado e varejo para lojistas e consumidores. Quem mora em São Paulo já sabe que esse é um dos principais destinos para comprar roupas e acessórios. São lojas especializadas em roupa masculina, feminina, infantil e – um dos mais procurados – vestidos de festa.
Entre uma loja e outra você encontra restaurantes para dar uma pausa nas compras. A fama da rua se dá porque comercializa roupas se assemelham aos modelos de marcas requisitadas, mas com preços mais acessíveis.
Mas como a rua se transformou em um lugar de comércio popular? Imigrantes portugueses, turcos e libaneses foram os primeiros a abrirem lojas na rua, que ganhou movimento porque era passagem obrigatória de quem vinha do centro da cidade. Na década de 1960, a região recebeu um grande número de sul-coreanos que passaram a comandar a área ao oferecer produtos para todos os públicos.
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Rua José Paulino (a partir do nº8)
Segunda a sábado das 8h às 17h30
Domingo as lojas fecham
Como chegar: Desembarque na estação Luz pela saída “Avenida Cásper Líbero”, ande no sentido Rua Mauá e vire à esquerda no Viaduto General Couto de Magalhães. A Rua José Paulino está à esquerda.
Em 1901 era inaugurada a estação que hoje é um dos símbolos históricos da cidade. Obra do arquiteto britânico Charles Henry Driver, ela teve como inspiração uma estação da Austrália, a Flinders Street Station. O grande relógio no topo ajudava os paulistanos que passassem por ali a ajustar seus horários. A estrada de ferro tinha o único objetivo de transportar o café entre Jundiaí, São Paulo e Santos.
Em 1946, o símbolo da cidade sofreu um incêndio criminoso que destruiu grande parte da estrutura. Só em 1951, após passar para uma reforma e ganhar uma plataforma central, começou a ser usada para transporte coletivo. Hoje a estação faz conexão com as linhas azul e amarela do metrô e integração gratuita com as linhas rubi e coral, da CPTM.
Praça da Luz, 1, Luz
Domingo a domingo das 04h às 0h
Como chegar: Desembarque na estação Luz do metrô (linha amarela) pela saída “Avenida Cásper Líbero”, ande no sentido Rua Mauá e chegará à Estação da Luz.
A vila foi desenvolvida entre 1915 e 1919 pelo arquiteto Eduardo de Aguiar D’Andrada. O objetivo era abrigar os engenheiros britânicos que participavam da construção da Estação da Luz e da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. São 28 sobrados geminados que, no ano passado, foram tombados pelo patrimônio histórico estadual.
Depois dos anos 1930, muitos paulistanos de classe média alta procuraram as casas para alugar por conta do glamour preservado no local, mas hoje a vila abriga escritórios e locais comerciais. Vale a pena fazer uma visita a esse lugar histórico da cidade e observar a arquitetura em estilo vitoriano das casas. É bem simples chegar lá, pois fica exatamente entre o Mercado Municipal e a Estação da Luz.
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Rua Mauá, 836
A vila fica aberta 24 horas para visitação.
Como chegar: Desembarque na estação Luz do metrô pela saída “Avenida Prestes Maia/Rua Florêncio de Abreu”. Na Rua Florêncio de Abreu, vá para o lado esquerdo, sentido Rua Mauá, que fica na próxima à direita. A vila fica do lado direito.
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