Igreja Santa Ifigênia: conheça a história da Basílica da Imaculada Conceição
O guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho fala sobre a história da igreja Santa Efigênia, que é oficialmente uma basílica.
Festa que começou no início do século 20 atrai 250 mil pessoas ao bairro italiano nos fins de semana de agosto. Veja todos os detalhes e aproveite
O Bixiga é sempre uma festa, com suas cantinas e lojas de produtos italianos. Mas, nos fins de semana de agosto a clima de confraternização fica ainda maior com a Festa da Achiropita, que neste ano realiza sua 91ª edição e espera receber nada menos do que 250 mil pessoas.
A festa acontece todos os sábados e domingos entre os dias 5 de agosto e 3 de setembro, das 18h à meia-noite aos sábados e das 17h30 às 22h30 aos domingos, nas ruas 13 de Maio, São Vicente e Dr. Luiz Barreto.
A Festa em homenagem à padroeira do bairro começou com a chegada dos imigrantes italianos, grande parte da Calábria, ao bairro do Bixiga, no início do século passado. A devoção dos imigrantes italianos foi contagiando todo o bairro, se expandindo para toda a cidade e hoje recebe visitantes do interior de São Paulo e até de outros Estados.
A festa acontece em dois locais, dentro da cantina, que tem um mesão com antepastos italianos e shows musicais, e na rua, onde são montadas 30 barracas. Como os ingressos para a cantina já estão esgotados, o jeito é se preparar para enfrentar as longas filas que se formam para comprar as delícias vendidas nas barracas.
Entre as atrações, a tradicional fogazza, preparada numa linha de produção com mais de 200 pessoas, além de outras iguarias italianas, como o pimentão e a berinjela recheados, macarrão e polenta frita, e vários tipos de doces.
Os organizadores estimam que durante os cinco fins de semana da festa serão consumidos, entre outros, 17 toneladas de farinha de trigo, 12 toneladas de macarrão, 10 toneladas de mussarela, 5 toneladas de linguiça, além de 10 mil litros de vinho e 15 mil litros refrigerantes.
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São mais de mil voluntários trabalhando na festa, que mistura celebração religiosa com arrecadação de fundos para a manutenção das obras sociais da paróquia.
Lembre-se de que várias ruas ficam fechadas nos dias de festa e é bem difícil encontrar lugar para estacionar. O melhor é chegar ao local sem carro.
Mas é preciso lembrar que a Festa da Nossa Senhora da Achiropita é, antes de tudo, uma festa religiosa. Por isso, além da comilança, tem uma ampla programação religiosa e de assistência social. Pra começar que todo o dinheiro arrecadado com a festa é revertido para as obras sociais da igreja, que incluem a Creche Mãe Achiropita, o Centro Educacional Dom Orione, ajuda a pessoa em situação de rua no Espaço Social, idosos da Casa São José, dependentes químicos da Casa de Acolhida Rainha da Paz e a alfabetização de adultos no Mova.
A programação religiosa começa com uma missa solene na abertura, no sábado dia 5, às 17h, com apresentações artísticas e a presença de vários convidados, e prossegue com novenas e missas festivas ao longo do mês. As novenas acontecem entre os dias 6 e 14 de agosto, às 19h30 de segunda a sexta, sábado às 18h30 e domingo às 18h.
No dia 21, às 15h, uma procissão percorre as ruas do Bixiga, saindo da igreja, na Rua 13 de Maio e passado pela Conselheiro Carrão, Dr. Luís Barreto, São Vicente, Santo Antonio, Almirante Marques Leão, Una, Rocha, Praça 14 Bis, Manoel Dutra, Santo Antonio, São Vicente e retornando à igreja.
Dia 3 de setembro, o encerramento: às 18h, uma missa em ação de graças, às 21h45 uma cerimônia de encerramento na Cantina Madona Achiropita e às 22h30, uma oração marcará o encerramento da festa e um agradecimento ao público e voluntários. Clique aqui para conferir a programação completa.
A origem da Festa da N. Sra. Achiropita remonta ao início do século 20, quando os primeiros imigrantes italianos chegaram ao Bixiga trazendo uma imagem da santa. Ela começou a ser venerada pelos fiéis em 1908 na casa de João Falcone, no número 100 da Rua 13 de Maio. Foi erguido um altar de madeira na rua que na época era de terra batida, e nos dias 13, 14 e 15 de agosto eram celebradas missas e realizadas festas em homenagem à santa, com o objetivo de comprar um terreno para construir uma capela.
Com o passar dos anos, a capela acabou ficando pequena para abrigar toda a comunidade, e era preciso construir uma igreja maior. Naquela época haviam barracas com sorteios das prendas arrecadadas, leilões sobre carroças, um pau de sebo e a animada banda dos Bersaglieri, vinda da Itália. Havia também uma procissão levando a imagem de N. Sra Achiropita e N. Sra da Ripalta. Sacadas eram enfeitadas com colchas e toalhas, e famílias faziam doações em dinheiro para ajudar na construção da igreja.
Durante a segunda guerra a quermesse foi suspensa devido a perseguição dos italianos pelo governo de Getúlio Vargas, mas a parte religiosa continuou com missa, novena e procissão. Na década de 50 as festas voltaram e foi feita a primeira barraca da comida: o sanduíche de pernil feito por senhoras da comunidade. Nesta época, as ruas eram enfeitadas com cordões de lâmpadas coloridas.
A partir de 1975 as famílias traziam pratos doces e salgados para vender na festa, que era realizada no pátio atrás da igreja. Em 1979 a festa foi definitivamente para a rua e em 1980 firmou-se com a devida autorização da prefeitura. Neste ano existiam treze barracas e cerca de 200 voluntários. Neste mesmo ano a grande novidade foi a barraca de fogazza que começou a ser feita apenas com 2kg de farinha como experiência.
Em 2003 já eram nove toneladas de farinha. Outra inovação na década de 80 foi a Cantina di Napoli, montada no terreno ao lado da igreja. Mesões foram instalados e um palco feito pela Paulistur para os cantores das cantinas do bairro animar a festa.
Em 1983 eram 22 barracas com 350 voluntários. Neste ano foi lançada a pedra fundamental das obras sociais. Em 1985 a cantina passa a ser montada no prédio das obras sociais e um palco definitivo foi feito com um conjunto tocando músicas típicas italianas.
Foram colocadas mesas com lugares numerados para cerca de 850 pessoas. Surgia a Cantina Madona Achiropita. Outro costume passou a ser o provolone de dois metros e cerca de 100 quilos, um dos símbolos da festa.
Na década de 90 a festa teve um grande avanço em relação a patrocinadores, colaboradores e benfeitores. Atualmente visitam a festa mais de 200 mil pessoas vindas de São. Paulo e de todo o Brasil. São 30 barracas e mais de mil voluntários, que trabalham para toda a renda da festa seja revertida para as obras assistenciais.
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