Viaduto Santa Efigênia passa por reforma. Prefeitura diz que vai manter desenho do mosaico do piso
Pastilhas estão sendo retiradas e serão trocadas por outras semelhantes, segundo nota oficial da Prefeitura de São Paulo.
A tendência de esvaziamento na região já foi revertida. Entenda por que morar no Centro de São Paulo se tornou o desejo de um universo cada vez maior de pessoas
Até não muito tempo atrás, uma pessoa que dissesse que pretendia se mudar para o Centro de São Paulo ia deixar a família, os amigos e os colegas de trabalho meio encafifados. No mínimo ouviria frases do tipo: “Como assim? Você quer morar no Centro?” Residir no coração da metrópole definitivamente não era visto pela maioria dos paulistanos como uma ideia sensata. Afinal, a região – que na primeira metade do século XX foi o palco político, econômico e cultural da cidade – passou por um longo processo de decadência, degradação e esvaziamento. Isso cristalizou uma imagem negativa no imaginário das pessoas, da mídia e das empresas. O resultado disso é que, sem visitar a região e impactados somente pelas notícias negativas, muitos paulistanos passaram a achar que o Centro todinho era uma imensa cracolândia, um local perigoso e que não deveria ser frequentado – o que dizer então de morar lá.
Morar no Centro de São Paulo
Essa visão – exagerada – fez com que o restante da cidade se afastasse do Centro e, assim, não percebesse que o local vem passando por uma transformação positiva há alguns anos, especialmente nos anos mais recentes desta década. E a página virou. Hoje, o Centro é um lugar de desejo para um universo cada vez maior de pessoas, num movimento de retomada puxado por um público jovem antenado, conectado e cosmopolita que escolheu a região para morar e se divertir. Esse movimento se reflete no atual boom gastronômico e cultural da região – como já apontamos em outras oportunidades aqui no A Vida no Centro – e também nos dados demográficos e do setor imobiliário. Fizemos até um evento para discutir essa questão.
Efervescência cultural e gastronômica…
Só para dar uma ideia, de aproximadamente um ano para cá surgiram na região espaços culturais como Sesc 24 de Maio, Farol Santander, Casa do Baixo Augusta e No Arouche. Entre os bares e restaurantes surgiram Bia Hoi, Orfeu, Fel, Hot Park, Tap Tap, Bab, Z Deli e Tokyo, entre tantos outros. É verdade que muitas pessoas ainda não enxergaram essa mudança, por desconhecimento ou por simplesmente terem riscado a zona central do radar.
…trouxe os moradores de volta
Os números não deixam dúvidas: a tendência de esvaziamento do Centro já foi revertida, num processo que tem reflexos em diferentes setores da economia, principalmente no de serviços e imobiliário.
De 2001 a 2017, por exemplo, a população nos distritos da Sé e da República cresceu 27%, enquanto na cidade o aumento foi 12%. São quase 10 mil novas moradias lançadas no mesmo período, a maioria nos últimos sete anos, segundo dados do Secovi (Sindicato da Habitação).
A região que faz parte da Prefeitura Regional da Sé agora é um dos principais polos de atração de empreendimentos imobiliários da cidade. Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, em 2017, 18% dos lançamentos imobiliários da cidade ocorreram no Centro. Para ter uma ideia, em 2009 foram apenas 3%. Veja o gráfico abaixo, no Relatório Informes Urbanos, elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Esse processo todo é facilmente percebido numa simples caminhada pelas ruas no entorno do Copan, Baixo Augusta, República, Vila Buarque e Largo do Arouche. As principais incorporadas de São Paulo, como TPA Empreendimentos, Tegra, BKO, Settin e Cyrella, já entregaram ou devem lançar nos próximos meses novos empreendimentos no Centro.
Em comum, os novos imóveis são pequenos, com um ou dois dormitórios, e uma série de serviços inclusos pensados para atender a um público jovem adulto que não tem filhos. São pessoas cujo estilo de vida se encaixa perfeitamente ao que o Centro oferece de melhor: diversidade, praticidade, mobilidade, cultura e gastronomia. São pessoas que buscam uma vida social intensa, vibrante e ao alcance dos pés.
Pastilhas estão sendo retiradas e serão trocadas por outras semelhantes, segundo nota oficial da Prefeitura de São Paulo.
Cine Bijou e outros cinemas marcam a volta dos cinemas de rua. Veja vários cinemas que resistem ou abriram nos últimos meses
Love Cabaret, na Rua Araújo, quer se tornar um "parque de diversões para adultos" e mostrar diversidade de corpos
Seja para um café da manhã caprichado, um cafezinho depois do almoço ou para bater papo, são várias as opções de cafés no Copan
Veja a relação de filmes para conhecer São Paulo a partir de múltiplos olhares; lista traz longas-metragens de ficção e documentários, e algumas obras podem ser vistas no YouTube
Construída no começo do século 20, Vila Itororó tinha bailes e festas elegantes e teve a primeira piscina particular de São Paulo
Restauro não é só arquitetônico, mas também dos usos, diz Frederico Lohmann, superintendente do Cultura Artística sobre café, livraria e restaurante que serão instalados dentro do espaço aumentando o movimento durante o dia na Nestor Pestana
O escritor Marcio Aquiles narra a visita do teatrólogo à Unicamp para uma homenagem aos 50 anos do Oficina
A historiadora e antropóloga Paula Janovitch fala sobre a "gramática dos caminhantes", que pode ser percebida ao se andar a pé pela cidade.
Há 50 anos, o incêndio do Edifício Joelma, no Centro de São Paulo, deixou 181 mortos e causou um trauma que nunca foi esquecido.
O guia de turismo Laercio Cardoso de Carvalho conta como eram os primeiros carnavais no Centro de São Paulo no começo do século 20.
O Parque do Rio Bixiga, ao lado do Teatro Oficina, já tem uma verba de R$ 51 milhões para sua implantação. O parque vai ocupar […]
A colunista Vera Lúcia Dias, guia de turismo, fala sobre as diferentes fases do Vale do Anhangabaú, por onde já passou um rio
O guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho conta a história de prédios ao redor da Igreja Santa Ifigênia.
O guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho fala sobre a história da igreja Santa Efigênia, que é oficialmente uma basílica.
Espaço, que fica no 42º andar do edifício Mirante do Vale, amplia a área para uma vista de 360 graus e recebe exposição que teve participação do A Vida no Centro
Clique no botão abaixo para receber notícias sobre o centro de São Paulo no seu email.
Clique aqui não mostrar mais esse popup