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Rita Lee, a mais completa tradução de São Paulo, nos levava para passeios sonoros por Sampa e, assim, nos mostrou uma cidade mais humana e sensível
Rita Lee e São Paulo, uma relação que gerou músicas e clipes que nos fizeram enxergar a cidade com olhos mais generosos
Por Clayton Melo
Rita Lee nos ensinou tantas coisas. Ela nos ensinou, por exemplo, a ter paciência, pois amar pode até rimar com ciúme, greve de fome, guerrilhas, motins, mas logo em seguida tudo acaba num grande banho de espuma.
Ela nos ensinou, faceira que era, a remar contra a maré numa canoa furada – basta não acreditar em nada do que dizem as ervas venenosas. Mostrou também que a linha entre o luxo e o lixo pode ser tênue, e que por isso mesmo o mais importante é ter saúde. Pra quê? Para gozar no final.
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Tem tantas coisas da vida que ela nos ensinou que este texto não dá conta. Sua discografia, aliada à postura transgressora que nos libertou de várias amarras, foi uma pós-graduação em educação sexual para diferentes gerações a partir dos anos 1960. Ela abriu uma vereda, em plena ditadura, que permitiu às mulheres brasileiras não terem medo nem vergonha de seus desejos. E, sem pedir licença, abalou o clube do bolinha do rock brasileiro e mostrou que mulher também podia ser rock star.
A cidade de Rita
Mas tem outra coisa que ela fez e que mexe muito com a gente: a nossa Santa Rita de Sampa nos ensinou a amar São Paulo. Por que antes dela, convenhamos, não tinha muito essa história por aqui não. Sempre foi um tal de falar mal da cidade, de zarpar pro litoral no feriado e todo final de semana, de só ver o lado feio, sujo e malvado.
Claro, demorou décadas pra cair a ficha pra muita gente que São Paulo também tem seus encantos. Rita falava e vivia esse amor pela cidade desde sempre, mas foi só nos últimos anos que a vibe começou a mudar e o paulistano quis (re)descobrir a sua própria cidade.
Basta lembrar a recente explosão do Carnaval de rua, a valorização dos espaços públicos para cultura e lazer, o aumento do interesse pela história dos prédios icônicos do Centro.
É verdade que outros artistas também nos ajudaram a enxergar a cidade com olhos generosos. É o caso de dois amigos e parceiros de Rita nas aventuras pela Paulicéia: Tom Zé e Itamar Assumpção – um baiano e um paulista do interior do Estado que adotaram a metrópole (e foram adotados por ela) e tão lindamente retrataram São Paulo em suas canções.
Mas quem acertou em cheio seu papel como “tradutora” do espírito frenético paulistano foi outro baiano, Caetano Veloso, nos versos de Sampa: “ainda não havia para mim Rita Lee, a sua mais completa tradução”.
Rolês sonoros
Rita nos ensinou a amar São Paulo levando a gente pra dar rolê pela cidade. Ela levou a gente pra subir a Augusta a 120 por hora, com o espírito mutante a mil. Fez piada cruzando calmamente (ou nem tanto) o Viaduto do Chá numa sexta-feira, como neste clipe:
Ou, com a sutileza de um furacão, podia estar metida num esconderijo no milésimo andar de um prédio do Centro para espiar vidas secretas.
Também se fez a desvairada da Paulicéia, mãe menininha da Pompéia, a tia tiete do Tietê.
E, junto com o Nego Dito Itamar, chamou todo mundo pra vir até São Paulo dançar e pular o rock and rush, entrar no carro e ir lá pro Largo do Arouche, ir à Praça da Sé fazer uma prece. Rita e Itamar falaram que quem vem pra São Paulo, meu bem, jamais esquece.
Mas, entre tantos rolês, fosse no Centro, Vila Mariana, Pompéia ou Ibirapuera, foi num apartamento qualquer, olhando as luzes da cidade, que ela nos mostrou que, na cidade de São Paulo, o amor é imprevisível – como você, eu e o céu.
Rita Lee, obrigado por nos ensinar a amar São Paulo.
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