Zé Celso, o laboratório de estética e o reino dos libertinos
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Zé Celso Martinez Corrêa, fundador do Teatro Oficina e gênio que revolucionou o teatro brasileiro, também nos ensinou a importância de humanizar a vida na cidade
Zé Celso, somos eternamente gratos por tudo o que você nos proporcionou.
Gratidão por ter sido esse artista revolucionário que mudou definitivamente o teatro brasileiro.
Gratidão por transformar a cultura brasileira e nos ensinar, como um mensageiro de Dioniso, que a vida tem de ser celebrada, festejada e vivida intensamente.
Gratidão por ter fundado, junto com outros grandes artistas, o Teatro Oficina, em 1958, esse monumento da cultura brasileira que fica aqui juntinho da gente, no Bixiga, e que tantas histórias, risos e lágrimas provocou em nós.
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Gratidão por sua luta contra a ditadura, que te prendeu e te fez sofrer muito.
E gratidão também pela luta em defesa da criação do Parque do Bixiga.
Luta essa que nós, aqui do Centro, fazemos questão de continuar e levar adiante.
Não deixaremos seu legado em defesa de um parque para a cidade se perca diante de caprichos de gente poderosa que desconhece o significado da palavra humanidade.
É como você disse em entrevista ao A Vida no Centro, quando perguntamos a você sobre como se poderia resolver a pendência em relação à criação do parque:
“Vai se resolver com o apoio da multidão. Com o desacovardamento de todos, de toda a sociedade que está no andar de baixo. Não acredito que virá nada de cima. Mas pode ser que tenham uns caras que se abram e compreendam que a vida é mais importante do que o dinheiro, que a natureza aberta é muito mais importante”.
É isto, Zé:
com o Parque do Bixiga, você nos relembrava, para além da grandeza das suas realizações no teatro, que a cidade é para as pessoas, que a cidade é todos nós. Que a cidade pode ser o lugar do encontro, da poesia e da alegria.
Evoé, Zé!
Evoé, Parque do Bixiga!
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