Quando o chão vira texto
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Piso novo, árvores nas laterais, pista de skate, vista desimpedida da Avenida São João: veja imagens da reforma do Vale do Anhangabaú
Atualização: 26/04/2021 A reforma do Vale do Anhangabaú já acabou, mas os cavaletes de madeira continuam por causa da pandemia e enquanto a Prefeitura não conclui o processo de concessão da área ao setor privado. O acesso ao setor central, onde foram instaladas as fontes de água e que será usado para shows, ainda não está liberado.
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Mas algumas áreas já podem ser usadas, como as laterais da parte mais próxima ao Viaduto do Chá e todo o espaço entre a Avenida São João e o Viaduto Santa Ifigênia. Perto do viaduto, inclusive, já está funcionando a nova pista de skate, construída com as pedras que foram retiradas da área próxima à escadaria que dá acesso à Rua Líbero Badaró.
Neste podcast com o skatista e documentarista Murilo Romão, autor do filme Valeros, você fica sabendo como foi a mobilização dos skatistas para incorporar à pista ao projeto do novo Vale do Anhangabaú.
Apesar da percepção de que a reforma reduziu a área verde do local, por causa da retirada de gramados, haverá um aumento no número de árvores para 480 – 355 já existentes e 125 novas espécies nativas que serão plantadas. A diferença é que agora as árvores estão concentradas nas laterais, deixando o centro do espaço – por onde passa o túnel que faz a ligação norte-sul – livre para grandes eventos.
Piso acessível
O novo piso, de concreto, é liso e facilita o acesso de cadeirantes e pessoas com baixa mobilidade. O local também ganhou quiosques onde serão instalados estabelecimentos comerciais com serviços que devem ajudar a manter o público no local, em vez de um local de passagem, como antes. A Avenida São João, que antes era interrompida no fundo do vale, agora é contínua, desde a Praça Antônio Prado, onde começa, atravessando o Vale e seguindo em direção ao Paissandu. Também foram plantadas novas árvores em canteiros na subida da São Paulo em relação ao Paissandu.
Além de tornar o piso acessível, o ponto central do projeto é a instalação de fontes de água que podem ser desligadas para permitir a realização de shows no espaço central, como ocorria antes da reforma, quando o palco era instalado embaixo do Viaduto do Chá e o público ficava espalhado em toda a extensão do vale.
O vencedor da concessão foi anunciado no dia 23 de outubro. O Consórcio Viaduto do Chá, formado pelas empresas G2P Partners e GMCOM Eventos e Projetos Especiais, classificado em primeiro lugar, ofereceu o valor de R$ 6,5 milhões, um ágio de 6.751% acima do valor mínimo exigido pelo edital. O segundo colocado, o Consórcio Viva o Vale apresentou uma oferta de R$3 milhões, e o terceiro, o Consórcio Novo Ícone, de R$2 milhões. No momento, o processo está sendo contestado na Justiça e não há uma previsão para a entrega do local ao concessionário.
Pela concessão, a empresa terá que investir na manutenção, preservação e revitalização do espaço. Estima-se que a cidade ganhará cerca de R$ 46 milhões em benefícios econômicos, que incluem o pagamento das outorgas, investimentos, desoneração do orçamento municipal e recolhimento de impostos.
Espera-se também um aumento de pelo menos 10 mil pessoas por semana circulando na região, com um incremento de R$ 250 milhões no faturamento do comércio da região.
O custo inicial da obra, de R$ 80 milhões, subiu para R$ 93,8 milhões, com o pedido de revisão do contrato pelo Consórcio Central, formado pelas construtoras FBS Construção e Lopes Calil Engenharia, que toca a obra. A empresa pediu a alteração contratual baseada em imprevistos que encontrou após o início das obras, como necessidade de aumento da altura do piso para instalação do sistema de jato d´água, interferência das redes de telefone, água, esgoto e gás e alterações no projeto a partir da reivindicação de skatistas, já que as escadas usadas por eles foi eliminada no projeto inicial.
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O ponto central do projeto é a instalação de um sistema de águas dançantes, com uma fonte com 850 pontos de jatos d´água, que ficam abaixo do piso e podem ser ligados e desligados de forma automática, permitindo a realização de eventos quando a fonte está desligada.
O projeto prevê ainda a instalação de cafés, floriculturas, sanitários, ludoteca, entre outras atividades que farão parte da vida cotidiana do Vale.
As ruas Formosa e Anhangabaú serão dotadas de quiosques, bancas de jornal, ludoteca, abrigadas dentro de um novo mobiliário urbano. O objetivo é favorecer a permanência da população e a apropriação do espaço e haverá bancos e cadeiras para mais de 1.500 lugares, além de bebedouros, lixeiras e paraciclos.
Veja imagens do projeto:
O projeto também cria marquises verdes e aumenta o volume de ambientes sombreados, com o plantio inclusive de espécies mais altas, já que o espaço é aberto. No total, serão 480 árvores – 355 já existentes e 125 novas espécies nativas que serão plantadas.
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A iluminação pública será automatizada com um sistema LED de alta eficiência energética, com mais iluminação e economia de energia, aumentando a segurança da região. A infraestrutura de rede elétrica, telefonia e internet será enterrada, com novas galerias técnicas e banco de dutos. Clique aqui para ver o projeto no site da Prefeitura.
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