Igreja Santa Ifigênia: conheça a história da Basílica da Imaculada Conceição
O guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho fala sobre a história da igreja Santa Efigênia, que é oficialmente uma basílica.
Do Pateo do Collegio ao Copan e à Praça Roosevelt, um check list dos lugares para visitar no Centro de SP. Confira se você está antenado
Maior metrópole da América Latina e uma das maiores do mundo, São Paulo tem incontáveis atrativos. E a região central, local de nascimento da cidade, concentra a maior parte dos pontos de interesse. São lugares históricos, mas que vêm sendo renovados com a instalação de cafés, restaurantes, centros culturais e outros atrativos. Fizemos um roteiro com 10 lugares para visitar no Centro de SP, tanto para moradores da cidade que frequentam pouco esta região quanto para turistas – anote aí as dicas para a sua próxima viagem à capital paulista.
Assine nossa newsletter para ficar por dentro de tudo o que rola no centro
Todos os locais são acessíveis de metrô – a melhor maneira de se locomover no Centro de São Paulo é a pé, aproveitando que as distâncias são curtas e existem vários calçadões.
Praça da Sé – Catedral da Sé
O marco zero da cidade – o local a partir do qual as distâncias são calculadas, inclusive a numeração das ruas e a quilometragem das rodovias – fica no meio de uma bela praça, ladeada de prédios históricos e com a Catedral da Sé em seu ponto mais alto.
E, seja você religioso ou não, a catedral sempre vale uma visita, pela importância histórica, escala grandiosa e beleza arquitetônica. Ela foi construída entre 1912 e 1954, e apesar do estilo neogótico tem vários elementos decorativos tropicais, como plantas e animais que remetem à economia e à fauna brasileira.
A visita à catedral e pode ser feita livremente. Mas o subsolo reserva uma surpresa: a cripta, onde estão sepultados personagens importantes da história paulista, como o cacique Tibiriçá, líder indígena da época da fundação da cidade, e vários arcebispos da cidade. O ingresso para a visita guiada à cripta é vendido na bilheteria, do lado esquerdo da nave principal.
Pateo do Collegio
Este é o local de nascimento de São Paulo, escolhido pelos jesuítas para montar seu posto de catequização dos indígenas. O local transpira história e uma construção de paredes brancas, embora não seja original, é a reprodução fiel das primeiras casas erguidas no local. Tem até uma parede original para mostrar como eram as construções naquela época. Além de admirar e tirar fotos na praça, com sua bela fachada em estilo colonial, é possível visitar o Museu Anchieta, com um acervo de arte sacra e a história de São Paulo. Ou ainda apreciar toda essa história de um modo mais confortável: sentado num café, saboreando as deliciosas broas de milho, macias e perfumadas, vendidas no Café do Pateo. O local também serve almoço.
Praça Pateo do Collegio, 2
CCBB
O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) é um desses locais que fazem a gente pensar que nem tudo que vem dos bancos é ruim para nós. 😉 É um espaço incrível que reúne exposições, filmes, música e teatro. Tudo gratuito ou por um precinho bem camarada. O prédio em si já vale uma visita, nem que seja para uma olhadinha rápida no saguão, com seu pé direito alto e decoração belíssima. O casarão foi construído em 1901, reformado em 1923 para se transformar na imponente sede paulista do Banco do Brasil e funcionou como tal até a década de 1990. Em 2001, novamente reformado, reabriu como CCBB. Tem um café no térreo que vale a visita – e várias fotos da arquitetura também.
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112, esquina com Rua da Quitanda
Tel: (11) 3113-3651
Aberto de quarta a segunda, das 9h às 21h
Mosteiro de São Bento
Outro local ligado à fundação da cidade, já que ali ficava a taba do cacique Tibiriçá. Em 1600 o prédio foi doado pela Câmara aos monges beneditinos e vários prédios foram erguidos no local ao longo dos anos. A construção atual, realizada entre 1910 e 1912, é a quarta, acompanhando o rápido desenvolvimento de São Paulo naquela época. O destaque da igreja de São Bento, além da arquitetura e da rica decoração, é a missa com órgão e canto gregoriano. As missas com canto são realizadas de segunda a sexta, às 7h, e sábados às 6h. Mas a mais concorrida é a de domingo, às 10h, com canto e órgão.
A igreja tem ainda uma outra atração: uma lojinha que vende produtos feitos pelos monges, como pães, biscoitos e geleias.
Largo de São Bento, 48
Farol Santander
Batizado oficialmente de Altino Arantes, foi durante várias gerações o edifício-símbolo de São Paulo, com a bandeira do Estado tremulando no alto da antena. Conhecido como Banespão, por ser a sede do Banco do Estado de São Paulo, foi vendido para o espanhol Santander na privatização do banco, em 2000. Depois de alguns anos fechado foi reformado e reabriu em janeiro do ano passado rebatizado de Farol Santander.
O prédio é um dos mais fotogênicos do Centro, com seu formato de torre, e, se faz você se lembrar do Empire State Building, de Nova York, não é por acaso. O governador Ademar de Barros encomendou ainda nos anos 1930 um prédio que fosse a cópia do original americano e celebrasse a riqueza de São Paulo, então um grande exportador de café.
Inaugurado em 1948, foi o prédio mais alto do Brasil até 1960. Hoje, na versão século 21, tem exposição mostrando a história do banco e da economia paulista, exposições de arte imersiva e até uma pista de skate, além de um café no mirante. A partir de fevereiro, terá também um bar no subsolo, o Bar do Cofre, na sala onde ficava o antigo cofre do Banespa.
É preciso comprar ingresso para entrar no prédio, por este link.
Rua João Brícola, 24
Horário de funcionamento: de terça a domingo das 9h às 20h
Edifício Martinelli
Primeiro arranha-céu de São Paulo e edifício mais alto da América Latina entre 1934 e 1947 (quando perdeu o posto para o Altino Arantes), o Martinelli é um dos prédios mais interessantes do Centro Histórico. Um dos mais fotogênicos também, e da Praça Antonio Prado, onde fica ainda a Bolsa de Valores (agora chamada de B3), é possível fazer fotos incríveis tanto do Farol Santander quanto do Martinelli.
A construção atendeu a um sonho do imigrante italiano Giuseppe Martinelli que teve que enfrentar o medo que os paulistanos tinham de prédios altos e acabou perdendo o edifício para os bancos porque não conseguiu pagar os empréstimos. O Martinelli passou por um período de decadência mas em 1975 foi desapropriado pela Prefeitura e hoje está restaurado e é sede de várias secretarias municipais.
A visita ao Mirante está suspensa mas vale a pena admirar o prédio da Praça Antônio Prado, que está bem conservada e com novos bancos de concreto. Veja aqui fotos lá de cima.
Praça Antonio Prado, 76
Theatro Municipal
Construído no início do século 20, quando a elite de São Paulo enriquecia enlouquecidamente com o café e sentia falta de um teatro que pudesse receber artistas internacionais (que já passavam por Buenos Aires em suas turnês), o Theatro Municipal de São Paulo é um edifício belíssimo, com uma bela programação de concertos e óperas. Todo construído com ferros e vidros importados e madeira entalhada pelos artesãos italianos que se estabeleceram na cidade, foi o responsável por estender para o outro lado do Vale do Anhangabaú um núcleo urbano que até o século 19 se concentrava apenas na região entre a Sé e o Mosteiro de São Bento. E ali foi registrado, na inauguração, o primeiro congestionamento de São Paulo (e pensar que eles ficaram orgulhoso disso na época, porque significava progresso). Até hoje o teatro impressiona, e sua arquitetura pode ser observada nas performances artísticas ou nas visitas guiadas.
Praça Ramos de Azevedo, s/nº
Bilheteria: Tel 11 – 3053 2090
Copan
Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer no início da década de 1950 como o maior edifício em concreto armado do país, o Copan (abreviatura de Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo), deveria ser um presente a São Paulo na comemoração dos seus 400 anos, em 1954. Mas problemas financeiros acabaram mudando o projeto original e adiando a construção, que só foi concluída em 1966, já nas mãos de outro arquiteto, Carlos Lemos. O gigante de concreto com 1.160 apartamentos passou por uma fase difícil na década de 1990, e os blocos de quitinete ficaram com fama nada boa. Mas isso é parte do passado. Nos últimos anos, o Copan entrou na moda e seus apartamentos são bastante disputados – tanto que alguns são alugados para fins de semana. Vale a pena conhecer o edifício por fora e admirar suas curvas, passear por sua galeria de lojas e restaurantes – e parar em um dos bares ou restaurantes.
O outro atrativo do prédio, o mirante no 32º andar, está fechado no momento. Mas você pode ver aqui as fotos que fizemos lá de cima.
Endereço: Avenida Ipiranga, 2000
Minhocão
Quem nunca foi pode achar estranho: como assim, passear num viaduto, numa faixa elevada de concreto e asfalto? Pois é. Lembra quando se dizia que praia de paulistano é shopping center? Agora as opções são mais variadas e incluem passeios ao ar livre. O Elevado Presidente João Goulart (era Costa e Silva, mas o nome do ditador foi substituído pelo de outro presidente, há alguns anos) tem quase 3 quilômetros de extensão e é oficialmente um parque nos horários que fica fechado para os veículos, que é de segunda a sexta, das 20h às 7h, e o dia inteiro nos fins de semana e feriado. O local é usado para correr, caminhar, andar de bicicleta, patins, skate, passear com cachorro, bater papo com os amigos, namorar, fazer aulas de yoga, alongamento e até pegar um bronzeado. E é impressionante o número de pessoas passando por ali nas noites quentes deste verão. O Minhocão representa como nenhum outro o conceito de hackeamento e ressignificação do espaço público.
Praça Roosevelt
A Praça Roosevelt é o melhor exemplo de ocupação do espaço público na cidade e um lugar realmente imperdível para quem quer conhecer a vibe contemporânea de São Paulo. É o local onde todas as tribos se encontram. Desde o pessoal de teatro – muitos globais começaram suas carreiras ali nos teatros da Roosevelt – aos frequentadores dos bares. Na praça em si, são moradores com seus pets, skatistas, crianças aprendendo a andar de bicicleta, grupos de atores performático ensaiando, apresentações de slam ou grupos de amigos simplesmente conversando. A praça tem história na cidade: o local foi o berço paulistano da Bossa Nova e endereço de cineclubes como o Cine Bijou (leia a matéria aqui) e o Oscarito. Depois de um período de decadência, que teve seu pior momento nos anos 1990, começou a se recuperar com a instalação da cia. de teatro Os Satyros, em 2000, e de outros teatros, o que ajudou a levar um público que começou a demandar a reforma da praça, inaugurada em 2012. Desde então, o movimento é cada vez maior. Além dos 12 bares no entorno, tem um café/bar dentro da praça, atrás da igreja.
O guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho fala sobre a história da igreja Santa Efigênia, que é oficialmente uma basílica.
Conheça a história da Praça Roosevelt, de primeiro estádio de futebol do Brasil a espaço cultural
Cine Bijou e outros cinemas marcam a volta dos cinemas de rua. Veja vários cinemas que resistem ou abriram nos últimos meses
Seja para um café da manhã caprichado, um cafezinho depois do almoço ou para bater papo, são várias as opções de cafés no Copan
Construída no começo do século 20, Vila Itororó tinha bailes e festas elegantes e teve a primeira piscina particular de São Paulo
O escritor Marcio Aquiles narra a visita do teatrólogo à Unicamp para uma homenagem aos 50 anos do Oficina
A historiadora e antropóloga Paula Janovitch fala sobre a "gramática dos caminhantes", que pode ser percebida ao se andar a pé pela cidade.
Pastilhas estão sendo retiradas e serão trocadas por outras semelhantes, segundo nota oficial da Prefeitura de São Paulo.
Há 50 anos, o incêndio do Edifício Joelma, no Centro de São Paulo, deixou 181 mortos e causou um trauma que nunca foi esquecido.
O guia de turismo Laercio Cardoso de Carvalho conta como eram os primeiros carnavais no Centro de São Paulo no começo do século 20.
O Parque do Rio Bixiga, ao lado do Teatro Oficina, já tem uma verba de R$ 51 milhões para sua implantação. O parque vai ocupar […]
A colunista Vera Lúcia Dias, guia de turismo, fala sobre as diferentes fases do Vale do Anhangabaú, por onde já passou um rio
O guia de turismo Laércio Cardoso de Carvalho conta a história de prédios ao redor da Igreja Santa Ifigênia.
Espaço, que fica no 42º andar do edifício Mirante do Vale, amplia a área para uma vista de 360 graus e recebe exposição que teve participação do A Vida no Centro
Clique no botão abaixo para receber notícias sobre o centro de São Paulo no seu email.
Clique aqui não mostrar mais esse popup