Como a Revolução de 32 transformou o Centro num campo de batalha
O sexto episódio do podcast do A Vida no Centro traz um papo saboroso – e esclarecedor – sobre a Revolução de 32, revolta que começou no Centro de São Paulo e se tornou a maior guerra civil do Brasil. Saiba mais
No dia 9 de julho de 1932 começava a Revolução Constitucionalista, ou Revolução de 32, última e maior guerra civil brasileira. Durante 85 dias, os paulistas se rebelaram contra a ditadura do presidente Getúlio Vargas e exigiram uma nova Constituição para o país. O levante foi motivado pela perda de autonomia política do Estado provocada pela Revolução de 30, que levou o gaúcho Getúlio ao poder.
E é justamente este o tema do sexto episódio do PodCentro, o podcast quinzenal do A Vida no Centro produzido em parceria com a SP Escola de Teatro.
No programa, que trata que de um dos episódios mais marcantes da história brasileira no século 20, Denize Bacoccina e Clayton Melo conversam com os jornalistas Luiz Octavio de Lima, autor do livro “1932: São Paulo em chamas”, e Pedro Nastri, apresentador do programa Metrópole em Foco, veiculado pela Rádio Trianon, de São Paulo.
A ascensão de Vargas tirou as oligarquias paulistas do comando e acabou com a chamada política do café com leite, que era a alternância entre São Paulo e Minas Gerais na presidência da República, numa espécie de acordo informal. E o estopim da Revolução de 32 se deu no dia 23 de Maio no Centro de São Paulo, mais especificamente na rua Barão de Itapetininga.
Ouça no Spotify o podcast do A Vida no Centro sobre a Revolução de 32 e o Centro.
Foi nesse dia (23 de maio) que morreram aqueles se tornaram os mártires da revolução e ficaram conhecidos pelo acrônimo MMDC (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo): o auxiliar de escritório Euclydes Bueno Miragaia, de 21 anos; Mário Martins de Almeida, fazendeiro de 31 anos; o comerciante Antonio Américo de Camargo Andrade, de 30 anos; e Dráusio Marcondes de Souza, ajudante de farmácia, de 14 anos. Uma das curiosidades dessa história é que nenhum deles participava do movimento estudantil, como muitos acreditam.
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O conflito mobilizou milhares de voluntários no Estado inteiro e sua memória está espalhada por ruas, avenidas e monumentos importantes da cidade, como a 23 de Maio, a 9 de Julho e o Obelisco do Ibirapuera, entre outros locais. Passados quase 90 anos, o confronto ainda hoje é pouco conhecido da população.
Clique abaixo para ouvir o podcast sobre a revolução de 32 no Soundcloud.
https://soundcloud.com/avidanocentro/revolucao-de-32
Saiba mais sobre os convidados do PodCentro:
Luiz Octavio: jornalista e escritor, é pesquisador da Revolução de 32. Recebeu o Prêmio Anual da Academia Paulista de História pelo livro 1932 – São Paulo em chamas. Formado pela PUC-RJ e com MBA em Economia pela Unicamp, ele atuou nas redações de O Globo, Folha de São Paulo, Veja, O Estado de S. Paulo, Época e Exame e em 2015 foi finalista do Prêmio Jabuti, com o livro Pimenta Neves: uma reportagem.
Pedro Nastri: jornalista, é apresentador do programa Metrópole em Foco, veiculado pela Rádio Trianon, de São Paulo. O Pedro é um profundo conhecedor da cidade e, em especial, do Centro. Ele trabalhou em diferentes veículos, como Notícias Populares e Folha da Tarde, e tem artigos publicados no Estadão e Folha de S.Paulo, entre outros jornais. E também é Diretor Cultural da Associação Paulista de Imprensa.
A gravação do podcast também pode ser vista, em vídeo, na página do A Vida no Centro no Facebook.