Igreja Santa Ifigênia: conheça a história da Basílica da Imaculada Conceição
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Instalação A Selva que nos Escapa cria uma selva no Mirante do Vale, edifício mais alto de São Paulo, no Vale do Anhangabaú.
Instalação A Selva que nos Escapa cria uma selva no Mirante do Vale, edifício mais alto de São Paulo, no Vale do Anhangabaú.
Denize Bacoccina
Imagine uma selva crescendo dentro do maior edifício de São Paulo. Sim, dentro. Pois é isso o que está acontecendo no 43º andar do Mirante do Vale, o prédio mais alto da cidade, com 170 metros, bem ao fundo do Vale do Anhangabaú, junto ao Viaduto Santa Ifigênia.
Numa sala de 70 metros quadrados, com uma parede toda de vidro voltada para o Vale do Anhangabaú e o Centro Histórico e que permite ver até as torres da Avenida Paulista, dezenas de vasos de plantas compõem a instalação A Selva que nos Escapa – Um Pedaço da Mata Atlântica. A instalação foi idealizada pelo produtor Charly Osbourne, francês que vive em São Paulo há três anos e está determinado a colocar o Mirante do Vale no mapa artístico/cultural da cidade.
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No ano passado e até os primeiros meses deste ano, o local sediou a instalação Três Paus, Três Redes, o Fogo, de Thiago Benucci, com três redes penduradas em estacas. O local estava disponível para que as pessoas, em grupos de dois ou três, dormissem no espaço, apreciando a mudança das cores e movimentos da cidade.
Agora, Charly quer trazer para dentro do gigante de concreto o verde que falta naquela região, um pedaço da mata atlântica que desapareceu da região central da cidade. E faz um contraste com o novo Vale do Anhangabaú, que foi reformado e é um espaço de concreto, sobre um túnel de carros, que está sobre o que já foi, até o século 19, um pequeno riacho no fundo do vale. Para Charly, a importância da experiência está justamente no contraste entre a urbanização da cidade e a pequena selva no edifício mais alto da cidade.
O Mirante do Vale, com 45 andares, é o edifício mais alto da cidade – embora não pareça, por estar num dos locais mais baixos de São Paulo. Foi construído entre 1960 e 1966 e, por 48 anos, foi o edifício mais alto do Brasil.
A instalação vai durar um ano, tempo que vai permitir observar o efeito das estações nas plantas instaladas no local. Apesar de plantadas em vasos – para evitar danificar a estrutura do edifício e o piso de taco – a expectativa e que, com o tempo, elas ocupem as paredes e o teto, que já foi preparado com impermeabilização e fios para conduzir as trepadeiras.
Durante o período de um ano, também será possível ver como a vegetação se comporta durante as quatro estações, e também como reagem à luminosidade. Como a parede de vidro está voltada para o sul, o sol faz uma curva da esquerda para a direita, entrando mais ou menos na sala dependendo da época do ano.
Até o momento, a selva do Andar 43 tem mais de 150 vasos, de 97 espécies diferentes, todas da mata atlântica. Quem fez a contabilidade foi o arquiteto paisagista Reinaldo Apablasa, chileno radicado em São Paulo há nove anos e responsável por cuidar da selva.
A selva do Andar 43 é variada. Tem de bromélia, taioba, ora pro nobis a frutíferas como cambuci, pitangueira e até um vaso com couve, porque são plantas que atraem borboletas. “Queremos ter nossas próprias borboletas”, diz Charly. Um grilo já tem, trazido provavelmente no meio das plantas.
A Selva que nos Escapa foi montada com um financiamento coletivo, com contribuições de pessoas que querem participar das atividades previstas para o local, que ainda serão marcadas de acordo com a evolução da pandemia. Desde visitas a eventos gastronômicos, como refeições com pancs (plantas alimentícias não convencionais), que serão realizadas quando a pandemia permitir. Também é possível dormir no local, literalmente no meio da selva. “Queremos que as pessoas que vierem dormir aqui recebam um banho de natureza”, diz Charly.
Além dos hóspedes e das atividades culinárias e de vivências, o espaço deve ser utilizado para locações fotográficas ou filmagens.
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