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Agora que o Carnaval tomou conta das ruas de São Paulo pra valer, a gente conta porque o Centro é melhor lugar da cidade pra aproveitar a folia
Já deu pra perceber que o Centro é o lugar do Carnaval de rua em São Paulo, né? Dos 491 blocos registrados pela Prefeitura, nada menos do que 125 saem pelas ruas do Centro. Em termos de público, o número pode ser bem maior, já que aqui estão alguns dos maiores blocos. E que que crescem de forma fenomenal, como mostra o público de 1 milhão de pessoas do Baixo Augusta, no dia 4, o dobro do ano passado. É claro que tem Carnaval legal em outros lugares da cidade também – assim como em outras cidades do Brasil, claro – mas a gente acha que o Carnaval no Centro de São Paulo tem algumas características especiais. Aqui as razões:
Todos os blocos da região central estão próximos de alguma estação de metrô ou de trem – Sé, República, Santa Cecília, Luz, São Bento, Liberdade. Quem não tem metrô perto de casa pode ir de ônibus ou táxi até a estação do bairro e de lá seguir com tranquilidade para a folia, sem se preocupar em desviar dos bloqueios ou congestionamentos.
Parece milagre, mas no primeiro fim de semana tinha sim muito banheiro químico. Além disso, a multa de R$ 500 por fazer xixi na rua é um motivo a mais (além da boa educação) para usar essas casinhas de plástico. Embora elas não sejam o lugar mais agradável do mundo, ajudam a manter a rua limpa para os moradores da região, que não tem culpa se você exagerou na cerveja.
E já quem tem banheiro, dá pra reabastecer com os vendedores que se espalham por todo o caminho. Centenas, milhares de ambulantes ao longo do trajeto – alguns até no meio dos blocos – vendendo cerveja, água, refrigerante e outros aditivos mais fortes. E, ponto importante para a segurança, apenas em latinhas ou embalagens plásticas, reduzindo a circulação das perigosas garrafas de vidro. Alguns até conseguiam furar o bloqueio marqueteiro e diversificar para outras marcas além da patrocinadora oficial.
Claro que sempre é bom ficar atento. Mas, a julgar pelo primeiro fim de semana, a moçada está entendendo que é melhor não invadir o espaço do outro. No bloco do Baixo Augusta, com um milhão de pessoas na rua, o que imperava era o respeito. Muito beijo consentido (muito beijo gay) e nada de assédio indesejado. Bom exemplo a ser seguido.
Há alguns anos o paulistano saiu da toca e ocupou de vez o espaço público. Os 4 milhões de foliões nas ruas no primeiro fim de semana dos blocos mostra que essa tendência é crescente. E tem lugar melhor pra isso do que o Centro? Praça Roosevelt, Vale do Anhangabaú, Praça da República, Minhocão são apenas alguns dos lugares que vem sendo ocupados por um novo paulistano: sem medo de sair na rua, consciente de que a cidade é nossa.
Tem samba tradicional, tem marchinha, tem MPB, tem rock, axé, soul e até música eletrônica. Ou seja, tem pra todos os gostos neste Carnaval. É só olhar antes qual é a vibe do bloco pra não cair numa roubada.
Diversidade de gênero, de tipos físicos, de gosto musical. O que impera é a liberdade. De cada um ser o que é. Ou, como é Carnaval, o que gostaria de ser. Libera a fantasia. Afinal, Carnaval é só… um mês inteiro, né?
Quer saber onde está este Carnaval maravilhoso? A gente dá todo o serviço aqui: os blocos que saem no centro, com trajeto e horário.
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Pastilhas estão sendo retiradas e serão trocadas por outras semelhantes, segundo nota oficial da Prefeitura de São Paulo.
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