Viaduto Santa Efigênia passa por reforma. Prefeitura diz que vai manter desenho do mosaico do piso
Pastilhas estão sendo retiradas e serão trocadas por outras semelhantes, segundo nota oficial da Prefeitura de São Paulo.
Pastilhas estão sendo retiradas e serão trocadas por outras semelhantes, segundo nota oficial da Prefeitura de São Paulo.
Uma reforma no Viaduto Santa Efigênia, uma construção de 1913, tombada, e que é também um dos equipamentos públicos mais belos do Centro de São Paulo, de grande importância histórica, assustou quem passou pela região nos últimos dias. A Prefeitura está retirando parte do piso, de pastilhas, com desenho em mosaico, e por enquanto, o piso está no concreto.
A Prefeitura afirma, no entanto, que as características atuais serão mantidas. “Para preservar as características originais do viaduto, as pastilhas serão substituídas por outras idênticas às atuais”, diz a nota enviada pela Secretaria de Obras (SPObras).
As obras devem custar R$ 6,5 milhões e estão previstas para serem concluídas em agosto deste ano.
O viaduto é um bem tombado pela resolução 37/CONPRESP/92, assim como a sua escadaria de acesso (Anexo II, item B) e as intervenções foram autorizadas pelos órgãos responsáveis pela proteção do patrimônio histórico. A resolução completa do viaduto está disponível no site do CONPRESP neste link.
A obra prevê a reconstrução da laje debaixo das pastilhas, com problemas de infiltração. A Prefeitura diz que fará também impermeabilização para prevenir futuras infiltrações, e vai regularizar a base para garantir uma fundação sólida e duradoura. “Essas medidas são essenciais para assegurar a segurança e a funcionalidade do viaduto a longo prazo”, diz a nota.
O Viaduto Santa Efigênia chegou a ser “revitalizado” em novembro de 2017, mas o então prefeito João Dória entregou a obra apenas com pintura e limpeza e com o piso irregular. Ele alegou que a fábrica de pastilhas não existia mais e que o piso seria recuperado de outra forma. Quem passa pelo local sabe que nos anos seguintes os buracos causados pela falta de pastilhas continuaram.
Importância histórica
O Viaduto Santa Efigênia foi inaugurado em 1913 e foi o segundo a atravessar o Vale do Anhangabaú e fazer a ligação entre o centro histórico e o então chamado centro novo, a região para onde a cidade se expandiu a partir do fim do século 19. O primeiro foi o Viaduto do Chá, cuja primeira versão foi inaugurada em 1892.
O Viaduto Santa Efigênia foi totalmente importado da Bélgica, com estrutura em aço e guarda-corpo em ferro fundido. Foi o primeiro financiamento externo obtido pela prefeitura de São Paulo, com um empréstimo de 250 mil libras, da Inglaterra, que só foi quitado em 1987.
Em compensação, a passagem elevada driblou a necessidade de passar pela ladeira da Avenida São João, e ajudou a desenvolver a região. Durante décadas, foi utilizada por pedestres, bondes, ônibus, carros e veículos de tração animal. Desde 1987, virou calçadão, apenas para pedestres e bicicletas.
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