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Espaço na Bela Vista quer mostrar a cultura africana aos brasileiros e difundir o trabalho de outros músicos estrangeiros no país
Denize Bacoccina
O músico congolês Yannick Delass percorreu um longo caminho entre o Congo e o Centro Cultural Afrika, espaço que ele montou há um ano, na Bela Vista, para mostrar a cultura africana aos brasileiros e difundir o trabalho de outros músicos estrangeiros no país.
Yannick nasceu no Congo, mas morou em São Tomé e Príncipe, pequeno país na costa atlântica que é composto de duas ilhas e tem cerca de 200 mil habitantes. Assim como o Brasil, São Tomé e Príncipe foi colônia portuguesa e, por isso, além de falar português, tem laços culturais com o Brasil. E foi lá, na pequena ilha lusófona, que Yannick aprendeu a falar o idioma, desenvolveu seu talento e se tornou músico profissional.
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Em 2014, Yannick foi convidado por um empresário de Juiz de Fora a vir ao Brasil fazer show e gravar um disco. Fez os shows, gravou o disco e voltou para a África. No ano seguinte, nova viagem e novo disco no Brasil. De volta a São Tomé, Yannick era questionado pelos amigos sobre São Paulo, Rio de Janeiro, feijoada, Avenida Paulista e todas as referências que eles tinham do Brasil.
Conhecer a Avenida Paulista
Yannick não sabia de nada. Não tinha saído de Juiz de Fora. Ficava no roteiro traçado pelo empresário mineiro, que o recrutou como seu parceiro musical. “Falavam que eu não tinha vindo ao Brasil de verdade, já que não tinha conhecido nada do que eles ouviam falar”, conta Yannick. Para ele, conhecer o país de verdade se tornou um desafio. “Decidi voltar ao Brasil, conhecer o país melhor, como turista”, conta ele, que retornou ao país em 2016.
Dessa vez, o destino era São Paulo. Ele pretendia ficar só o tempo de conhecer melhor a cidade, mas também queria se apresentar por aqui. O primeiro empresário que conheceu disse que ele teria dificuldade em fazer shows, que o tipo de música que ele tocava tinha pouco mercado na cidade. “Eu estava disposto a mostrar que ele estava errado e comecei e procurar lugares para tocar. Queria tocar o meu trabalho autoral”, contou Yannick.
Mudou a localização do Facebook para São Paulo e foi em busca de lugares com música. E conseguiu: fez shows no Sesc, tocou em eventos de refugiados e chegou até o Al-Janiah, na época um centro cultural palestino, um espaço para debates e discussões. Começou a organizar os artistas que, assim como ele, eram estrangeiros e não tinham onde tocar em São Paulo. Criou ali o Gringa Music, projeto que cresceu e ficou no Al-Janiah até 2019 e deu espaço para músicos de várias partes do mundo.
Em 2020, Yannick já era conhecido na cena musical e começou o ano com um projeto ambicioso: uma turnê na Itália, onde tinha 28 shows marcados. E lá estava ele, em fevereiro de 2020, quando o país entrou em lockdown por causa da pandemia de Covid-19, que começou primeiro por lá. “Não fiz nenhum show e demorei 45 dias para conseguir voltar”, conta ele.
O Centro Cultural Afrika
Mas ele voltou. Se mudou para a Bahia, terra da família da mulher, e ficou por lá um tempo até que decidiu que era hora de voltar para São Paulo e precisava de um espaço físico para levar adiante o Gringa Music. E assim nasceu o Centro Cultural Afrika, em janeiro de 2022.
O espaço funciona de quarta a sábado, com música todas as noites, cada dia um estilo diferente. Às quartas, o som é cumbia. Às quintas, se revezam noites de coco e forró. Às sextas, música africana com o Afrika Baile, e aos sábados são realizados eventos especiais.
O local também serve pratos africanos, como Saka Saka (feijão, folha de mandioca, especiarias, óleo de dendê), acompanhado de peixe frito e fufu, uma massa feita de farinha de mandioca e Odemba, com peixe, fufu e berinjela, e drinques feitos com cachaça de milho, do Congo, como Wassa Wassa, de maracujá, Paka Paka, de carambola, e Bandula, de gengibre.
Centro Cultural Afrika – Rua Major Diogo, 518 – Bela Vista
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