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Pandemia deve aprofundar mudanças de paradigmas na sociedade e acelerar novas tendências em economia, tecnologia, saúde e relações sociais; veja como alguns filósofos, sociólogos e cientistas analisam os impactos do coronavírus
Reflexões e prováveis cenários: a visão de filósofos, sociólogos e cientistas e novas tendências para o futuro pós-coronavírus
Por Clayton Melo *
A Vida no Centro
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No artigo Como o coronavírus vai mudar nossas: 10 tendências para o mundo pós-pandemia, aqui no A Vida no Centro, fiz um mapeamento do que pensam diferentes pesquisadores, estudiosos e bureaus internacionais de tendências. Comentei, entre outras coisas, que o coronavírus é um acelerador de futuros, um símbolo para o fim do século 20 e que nada será como antes depois de passada a tormenta. Revisão de crenças e valores, consumo consciente, novos modelos de negócios para restaurantes, trabalho remoto, educação a distância e reconfiguração dos espaços do comércio foram algumas das tendências apresentadas.
Agora, faço um novo convite para que você venha comigo para uma nova jornada de reflexões a respeito do futuro pós-coronavírus, porque o momento é marcado por profundas transformações e outras tantas tendências emergentes não foram abordadas no texto anterior.
Você vai ler adiante um apanhado de visões, sinais e análises coletados em relatórios, entrevistas e artigos de diversos futuristas e bureaus de pesquisas de tendências. Só que, desta vez, eu gostaria de ir além. Vou tentar mapear um pouquinho melhor o terreno que vem permitindo o surgimento de muitas das novas tendências. Assim, trago também os olhares de filósofos, sociólogos, pensadores e cientistas nacionais e internacionais que estudam o nosso tempo.
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Muitas das referências foram pinçadas de livros lançados antes da Covid-19, em alguns casos muitos anos antes, e portanto não tratam do especificamente do novo coronavírus. Mas, como nada acontece no vácuo, essas visões são valiosas porque dissecam a sociedade pós-industrial e funcionam como o alicerce para compreendermos mais claramente de onde nascem (e por que nascem) as tendências de que estamos falando.
Um bom ponto de partida para a conversa vem de Frei Betto. Em um artigo publicado em 2019, ele escreve que vivemos não numa época de mudanças, mas numa mudança de época. Isso porque a modernidade está em crise. “No milênio que começa, emerge algo imprecisamente chamado de pós-modernidade, que se insinua bem diferente de tudo o que nos antecedeu, imprimindo novos paradigmas.”
Paradigma é um modelo, um padrão. É uma espécie de novo imaginário coletivo global, um grande direcionamento da sociedade e do mercado que pode valer por algumas décadas – é daí que vem o choque das placas tectônicas da atualidade, gerando as novas grandes tendências. O que acontece hoje em dia é que os velhos modelos foram destronados, mas os novos ainda não nasceram direito. Como resultado, vivemos todos numa sociedade desorientada, como diz o sociólogo italiano Domenico De Masi no livro O Mundo Ainda é Jovem – Conversas sobre o Futuro Próximo, lançado em 2019.
Na história da humanidade, diz De Masi, somos a primeira geração a se sentir totalmente desorientada – o chacoalhão não acontece em apenas uma esfera da vida, mas em todas. Em outros momentos históricos, as mudanças de paradigmas ocorriam depois de uma longa gestação, e por isso eram mais bem metabolizadas. Agora, chegam de improviso. “Há mudanças mais rápidas, ou mais profundas, ou mais abrangentes. Além disso, a transição histórica em que estamos imersos é, pela primeira vez, as três coisas ao mesmo tempo”, diz De Masi.
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Os motivos para a desorientação são inúmeros: o fato de que temos de nos habituar a uma vida mais longa e estressante, com muitos solavancos de ordem social, financeira e emocional; as questões identitárias; os novos arranjos familiares; sistemas políticos corroídos; novas tecnologias que ameaçam a privacidade; prevalência de um capitalismo predatório; a precariedade do trabalho e a perspectiva sombria de que vamos nos tornar inúteis quando a inteligência artificial dominar o mundo, como já alertou o historiador Yuval Harari. E, agora, também o assombro com a perda de milhares de vidas para uma pandemia que se espalha pelo mundo com um aperto de mãos.
Como não há mais utopias e as velhas narrativas que explicavam o mundo não nos satisfazem mais, o sentimento é de que estamos num barco à deriva. “Precisaríamos de um modelo e de uma cultura centrada nesse modelo”, diz o sociólogo italiano. “É preciso um modelo abrangente que nos ajude a interpretar, prever, nos comportar. Hoje não temos nenhum.”
E eis que, no meio da barafunda em que já estávamos metidos, surge o coronavírus feito um tsunami. Para Domenico De Masi, que vive na Itália, um dos países mais afetados pela doença, a pandemia deve provocar mudanças profundas nos comportamentos e nas relações sociais: “A sociedade industrial nos habituara a separar o local de trabalho do local de vida, nos fazendo passar a maior parte do nosso tempo com chefes e colegas nas empresas: os que a sociologia chama de grupos ‘secundários’, frios, formais, nos quais as relações são quase exclusivamente profissionais. Em uma parte mínima do nosso tempo ficávamos reunidos em família ou com os amigos, ou seja, com grupos ‘primários’, calorosos, informais, envolventes”, diz no artigo.
Outro sociólogo proeminente, o francês Michel Maffesoli, um dos maiores estudiosos da pós-modernidade e professor de Sociologia na Sorbonne, também vê uma transição de paradigmas de grande impacto. Para ele, a pandemia do coronavírus acelera uma mudança que ele descreve há algum tempo em suas aulas e livros: o abalo nas “estruturas da modernidade”, uma ruptura que deixa para trás os paradigmas do racionalismo cego e do progresso e abre espaço para uma cultura do sensível, da valorização do presente, do compartilhamento e do senso de comunidade.
“Minha teoria é que esta crise sanitária é sinal de uma crise civilizatória. Vivemos o fim de um paradigma, e isso ficou mais evidente agora, com a presença da morte a nos rondar”, diz nesta entrevista ao jornal O Globo. “Há 15 anos analiso a saturação desse modelo progressista, que é o grande modelo da civilização moderna. Para mim, ele está acabando agora. A epidemia atual tem uma expressão simbólica nesse sentido.”
Um dos filósofos mais badalados da atualidade, o francês Gilles Lipovetsky também assinala o fim das grandes narrativas e utopias, como os projetos comunistas e nacionalistas do século 20, mas não vê nisso o fim da modernidade. Antes disso, o que haveria é sua exacerbação. A nova face da modernidade, num processo que começou a se formar nas últimas décadas do século passado, é a sociedade hipermoderna, conceito criado por ele e que serviu para dar novos contornos às discussões sobre a sociedade de consumo no fim do século passado e início deste.
Caracterizada pelo hedonismo, pela hiperinformação e pelo prazer do consumo, a hipermodernidade trouxe uma “felicidade paradoxal” – título de um dos livros mais conhecidos do filósofo francês. Isso porque, mesmo com as inegáveis conquistas materiais em relação a gerações anteriores, avanços na medicina e nas liberdades individuais, ainda assim a depressão e a ansiedade aumentam. “A imensa maioria se diz feliz, contudo a tristeza e o estresse, as depressões e as ansiedades formam um rio que engrossa de maneira inquietante”, escreve em A Felicidade Paradoxal.
O interessante a observar aqui são os efeitos da hipermodernidade, como a insatisfação permanente e a necessidade de mudar o modelo de sociedade baseado no consumismo. “As razões para ter esperança não estão caducas: apesar da inflação das necessidades mercantilizadas, o indivíduo continua a viver para outra coisa que não os bens materiais passageiros”, escreveu Lipovetsky no livro, que é de 2006. “Os ideais de amor, de verdade, de justiça, de altruísmo não faliram: nenhum niilismo completo, nenhum último homem se desenha no horizonte dos tempos hipermodernos.”
Se nos primeiros anos do século Lipovetsky já sinalizava o resgate desses sentimentos, é só agora, em tempos que coronavírus, que essa revisão de valores parece mais aguçada. Nunca estiveram tão em evidência valores, propósito, sustentabilidade, consumo consciente e diversidade – e também a cobrança, por parte da sociedade, para que as empresas tenham responsabilidade social, como apontou a jornalista Denize Bacoccina neste artigo no A Vida no Centro.
Como se vê, a pandemia do coronavírus chega num momento de transição de eras e com reflexos em vários campos da sociedade, abrindo espaço para novas tendências em setores como tecnologia, saúde e bem-estar, privacidade de dados, papel do Estado, relações sociais e do trabalho, entre outras. Não custa lembrar que esse contexto mais amplo se dá ao mesmo em que novas tecnologias já avançavam vertiginosamente, como a Inteligência Artificial e os mecanismos de controle e monitoramento, num movimento que certamente vai se intensificar daqui para frente.
Na tentativa de identificar os desdobramentos desse contexto, mapeei abaixo 10 novas tendências para o futuro pós-coronavírus, selecionadas a partir de análises feitas por intelectuais, futuristas, pesquisadores e bureaus de pesquisas nacionais e internacionais.
Se antes do coronavírus a defesa ferrenha da austeridade fiscal e a redução de direitos sociais e trabalhistas pautavam o cenário político-econômico, agora a visão predominante é a de que o Estado deve aumentar as políticas de proteção social. Uma reportagem do jornal O Globo, com depoimentos de diferentes economistas e pesquisadores de instituições brasileiras e estrangeiras, mostra bem essa inflexão. “Após a Covid-19, qualquer governo que não ajude grupos de baixa renda arriscará a estabilidade social”, afirma Cliff Kupchan, presidente da Eurasia Group, maior consultoria econômica e política do mundo.
Isso vale especialmente para o Brasil, onde a desigualdade social é dramática e tendia a aumentar com a cartilha ultraliberal do ministro da Economia, Paulo Guedes. No novo contexto, debates sobre renda mínima universal e taxação de grandes fortunas, lucros e dividendos devem ganhar força. “O debate avançou 15 anos. Medidas que sequer se poderia imaginar há muito pouco tempo, como a nacionalização de hospitais na Espanha (que já soma 20 mil mortes decorrentes da Covid-19), começam a aparecer. Os sistemas públicos saem fortalecidos. São marcos civilizatórios. Quem levantar essa bandeira vai ter boa receptividade”, afirmou o sociólogo Pedro Ferreira de Souza, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Em artigo no El País, o neurocientista Sidarta Ribeiro e o jornalista Flavio Lobo também veem sinais de mudança. “Até poucas semanas atrás, a mercantilização de serviços públicos vitais, a redução de capacidades operacionais e de planejamento do Estado, o abandono de estratégias de soberania das nações, a diluição de direitos sociais e a fragilização de garantias trabalhistas eram festejados sob codinomes como ‘modernização’, ‘austeridade’ e ‘flexibilização’”, escrevem. Hoje, até veículos “oficiais” do grande capital financeiro, como o britânico Financial Times, fazem críticas veementes e comovidas a essas agendas e à visão de mundo que as articulam.”
A privacidade e o rastreamento de dados eram preocupações que vinham crescendo na sociedade. A pandemia do coronavírus, no entanto, deve provocar mudanças importantes nesse processo. A começar pela avaliação, por parte de muitos especialistas, de que haverá um aumento expressivo do controle por parte dos governos, o que acende o sinal amarelo na sociedade. “Teremos uma vigilância e um rastreamento dos dados das pessoas nunca vistos antes”, diz Gabriela Zanfir-Fortuna, conselheira da ONG Future of Privacy Forum, nesta entrevista à Folha de S.Paulo.
Ela se refere ao caminho aberto pelas iniciativas adotadas por empresas e governos para rastrear e alertar as pessoas que tiveram contatos com pacientes diagnosticados com coronavírus. Agora, essas ações servem a um objetivo nobre e são bem-vindas. Mas e depois? “Historicamente, em momentos críticos como o atual, medidas são aceitas e há excessos. O mais arriscado é que, após as pandemias, não há recuo no grau de monitoramento”, afirma. Esse perigo também é apontado pelo relatório Coronavirus: Global Change Accelerators, da consultoria internacional de tendência WGSN.
Yuval Harari, historiador e escritor israelense, autor de livros como Sapiens: uma breve história da humanidade e Homo Deus: uma breve história do amanhã, alerta que, se não formos cuidadosos, a epidemia poderia marcar um feito importante na história da vigilância, neste artigo publicado origanalmente no Financial Times e republicado no site da Unisinos. “Não somente porque poderia normalizar o uso de instrumentos de vigilância massiva em países que até hoje os rechaçaram, mas ainda mais porque significa uma transição dramática da vigilância “sobre a pele” à vigilância “sob a pele”, diz Harari.”Até agora, quando se tocava com o dedo a tela de um smartphone e se dava um clique em um link, o governo queria saber exatamente onde se havia dado o clique. Porém, com o coronavírus, o interesse central mudou. Hoje o governo quer saber a temperatura do dedo e a pressão arterial sob a pele.”
Na esteira do afrouxamento da privacidade, especialistas apontam que as tecnologias de reconhecimento facial podem avançar de forma mais rápida. No artigo 10 Futuristic ideas becoming reality because of Covid-10, o futurista Rohit Bhatgava alerta para os riscos envolvidos. “Talvez nenhuma dessas tecnologias que serão adotadas mais rapidamente seja tão preocupante quanto aos possíveis usos (e maus usos) do que a tecnologia de reconhecimento facial”, escreve o especialista. “A parte assustadora de como a Inteligência Artificial e o rastreamento facial podem ser usados não é apenas do que seria possível hoje, mas que os novos padrões e usos aceitáveis possam avançar depois que a crise passar”.
O primeiro sinal de alerta foi acionado na China. O país começou a experimentar recentemente esse tipo de tecnologia para identificar pessoas que estão sem máscara de proteção contra o coronavírus, como mostra esta reportagem do Financial Times. Segundo a Hanwang, empresa que desenvolveu a tecnologia, a precisão é de 95%. E se a moda pegar mundo afora depois da pandemia?
Para a futurista americana Amy Webb, fundadora do Future Today Institute, palestrante do badalado festival de inovação SXSW e professora da Stern School of Business, da Universidade de Nova York, a pandemia do coronavírus vai estimular mais investimentos em projetos que aliam Inteligência Artificial, testes científicos e biologia.
“Esse esforço vai atingir a curva de desenvolvimento de certas tendências, como a biologia sintética, que já falei algumas vezes”, diz Amy nesta entrevista ao site Neofeed. A nova edição do relatório do Future Today Institute diz que 2020 será a década da biologia sintética. “Ela envolve a criação de um organismo que ainda não existe na natureza e, algum dia, ajudará a reparar genes defeituosos, livrar o planeta de toxinas, destruir células cancerígenas e ajudar a produzir proteínas em massa para nosso consumo. Poderia ser a chave para um planeta mais saudável”, diz o relatório.
O novo coronavírus deve fazer com que a economia da experiência entre numa nova etapa. Diante da perspectiva de que os efeitos da pandemia possam durar quase dois anos – o que significa que os países devem alternar períodos de abertura e isolamento nesse intervalo -, a tendência é que empresas de diferentes setores comecem a utilizar pra valer as tecnologias imersivas, segundo este estudo da plataforma global de tendências Trend Watching.
Mídias sociais, esportes, turismo e varejo são alguns dos setores que devem passar a experimentar mais esses recursos, que envolvem realidade virtual e aumentada e máquinas inteligentes. Assim, deve haver também mais eventos que se proponham a fundir o presencial e o digital por meio de tecnologias imersivas, ampliando a experiência dos consumidores ou participantes com as marcas e produtos, conforme aponta o relatório IBTM World Trends Watch, no site da empresa inglesa de evento CEvent.
Essa tendência está relacionada à economia das experiências virtuais, mas vale um capítulo à parte. Na tentativa de engajar os clientes durante o período de quarentena, as empresas do setor já começam a fazer planos para projetos de viagens virtuais, com recursos de realidade aumentada e virtual para mostrar diferentes destinos.
Mas ainda há muito que se avançar nesse campo, como mostra essa reportagem da National Geographic. “Para começar, a tecnologia ainda não está pronta. Os vídeos de realidade virtual de 360º geralmente são vistos por meio de um óculos especial caro e desconfortável”, observa a reportagem. É esperar para ver. Enquanto isso, no mínimo seus dias de quarentena podem ficar mais divertidos com serviços como o 360 Cities, que reúne fotos panorâmicas em 360 graus de fotógrafos de praticamente todas as partes do mundo.
A pandemia deve aumentar a incidência da chamada síndrome do esgotamento profissional, ou burnout. Isso por conta das angústias e do estresse gerados pela recessão econômica provocada pelo coronavírus e pelas crises de relacionamento durante o confinamento. O Estudo Global de Tendências de Talentos 2020, da consultoria internacional Mercer, já identificou esse cenário. Divulgada no fim de março e realizada a partir de 7,3 mil entrevistas em 34 países, incluindo o Brasil, a pesquisa registrou 63% dos entrevistados temem ser acometidos por burnout nos próximos meses. A Trend Watching também aponta essa tendência em seu relatório A Post-Corona World, destacando que é importante as empresas se prepararem para evitar, identificar e atender os funcionários com sintomas de Burnout.
A pandemia do coronavírus deve acelerar a busca por atualização profissional. A quinta edição do Estudo Global de Tendências de Talentos 2020, da Mercer, mostra que, embora 78% dos funcionários entrevistados digam estar prontos para aprender novas habilidades, 38% dizem não ter tempo suficiente para o treinamento.
Como as entrevistas provavelmente foram feitas antes do momento mais agudo da pandemia, quando muitas empresas ainda estavam funcionando em ritmo normal, o momento atual abre uma oportunidade para resolver esse problema. O ponto crítico é que apenas 34% dos gestores de RH das companhias estavam investindo no treinamento de suas equipes. “No Brasil, os funcionários dizem que a inovação e a resolução de problemas complexos serão as principais habilidades demandadas nos próximos 12 meses. Entretanto, para os líderes de RH, o marketing digital e o empreendedorismo é que são as prioridades”, diz o estudo.
A quarentena fez as academias de ginástica descobrirem que podiam oferecer seus serviços pela internet – e os usuários também descobriram que fazer atividades físicas pela internet poderia não ser uma má ideia. Assim, esse tipo de serviço online explodiu, com influenciadores, personal trainers e até marcas oferecendo exercícios para fazer em casa. No Brasil, diferentes redes de academia entraram na onda, como a Smart Fit e a ACM.
Mas o chamado digital fitness não é só isso. Segundo o bureau internacional de tendências WGSN, a tendência deve se estender também aos wearables, ou “dispositivos vestíveis”. Devemos começar a ver a aproximação de redes de academias, marcas fitness e empresas de tecnologia para o desenvolvimento de roupas conectadas a dispositivos digitais. Por meio de sensores inteligentes em relógios, pulseiras e tecidos sensíveis ao toque, os movimentos serão monitorados, permitindo a coleta de dados sobre o desempenho dos alunos. Dessa forma, os instrutores das plataformas poderão ajustar automaticamente a forma e a intensidade dos treinos que os alunos fazem em casa. No médio e longo prazos, o impacto na cadeia de negócios fitness deve ser grande, na avaliação da WGSN.
Um relatório sobre o comportamento da Geração Z durante a pandemia do coronavírus, produzido nos EUA pela Wunderman Thompson Data, consultoria de tendências do Grupo WPP, um dos maiores conglomerados de comunicação do mundo, aponta que os jovens nascidos depois de 1995 estão significativamente mais ansiosos do que os mais velhos. “Não é o Covid-19 especificamente que está provocando a ansiedade, mas sim suas implicações para o futuro – perspectivas quanto a emprego, custo de vida e assim por diante”, diz o estudo.
Uma das razões para isso é que a Geração Z será muito afetada pela crise econômica provocada pelo coronavírus. Segundo dados do Pew Research Center, quase metade dos 19,3 milhões de trabalhadores com idade entre 16 e 24 anos nos EUA trabalha no setor de serviços, área que será uma das mais afetadas pela crise. A pesquisa aborda o mercado americano, mas é possível imaginar que o problema também afete a Geração Z no Brasil, pois aqui a situação econômica, que já era capenga, vai piorar ainda mais, gerando mais desemprego e incertezas quanto ao futuro.
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