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Diálogos A Vida no Centro trouxe exemplos de ações e projetos inovadores no Centro, como retrofit, artistas empreendedores e plano de economia de economia noturna no Centro Velho; saiba mais
Maria Alice Rosa
A inovação é a marca no processo de retomada do Centro de São Paulo. A primeira edição do Diálogos A Vida no Centro, no dia 7 de junho, trouxe vários exemplos. Um dele é o próprio ULIVING 433, onde o evento foi sediado. Além de resultar de um projeto de retrofit, modalidade ainda rara no mercado local, tem um conceito de imóvel residencial para estudantes diferente dos tradicionais.
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Com 12 andares, possui apartamentos com decoração moderna, espaço de estudos, lavanderia coletiva e uma cozinha comunitária, lounge com churrasqueira e outras áreas de convivência na cobertura.
Já o complexo de entretenimento Tokyo reúne em um único prédio nove andares com diferentes tipos de atrações: karaokê coletivo ou em salas privadas, restaurante de culinária japonesa, salas para instalação de empresas e baladas no terraço são alguns dos exemplos. “A ideia foi construir um centro de cultura e entretenimento”, conta Fábio Balestro, um dos sócios.
Ele revelou como a escolha do Centro influenciou na concepção do próprio negócio. “A gente percebeu que, se a pessoa decide se divertir na Augusta, por exemplo, ela encontra ao longo da rua dezenas de opções de entretenimento. Mas quando ela vem para o Centro, provavelmente já escolheu um lugar e vai direto para lá. Então decidimos criar um único espaço com várias opções de um andar para o outro”, explica. Segundo ele, os andares inferiores são ocupados com empreendimentos de economia criativa e há planos para reservar uma área para exposições de arte.
O Sebrae-SP, por sua vez, tem seis escritórios regionais na capital paulista – entre os novos equipamentos da instituição na região está o Centro Nacional de Referência em Empreendedorismo, Tecnologia e Economia Criativa, instalado no Palácio Campos Elíseos, antiga sede do governo do Estado, no Campos Elíseos.
Mas, até o ano passado, o escritório central ficava no bairro da Liberdade – ainda não era o ideal porque sempre houve a ideia de ter uma representação no coração do Centro. Em março deste ano foi inaugurada a unidade da Rua 24 de Maio, bem perto do Teatro Municipal, onde há uma concentração maior de micro e pequenos empresários. “Esta unidade tem a proposta de ser um hub de atendimento para os empreendedores, uma casa aberta que queremos que seja utilizada para alavancar o empreendedorismo no local”, afirma Alexandre Nunes Robazza, gerente-regional do Sebrae-SP.
A nova localização trouxe uma surpresa para o Sebrae, segundo Robazza. “Ficamos realmente impressionados com uma característica muito marcante da região: a diversidade de perfil de empreendedores. Isto foi muito importante porque percebemos precisamos entender essa característica e nos apropriar dessa diversidade”, afirma. Referindo-se ao projeto ULIVING 433, observa: “Certamente os jovens que vão morar neste prédio virão sobretudo por causa da diversidade da região. O Centro talvez seja um espaço de vanguarda para essa geração.”
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Neste contexto, o Sebrae da 24 de Maio começou, por exemplo, a atender artistas de vários segmentos, um público que está começando a entender sua profissão como uma iniciativa de empreendedorismo, segundo Robazza. “Por conta disto, estamos redesenhando nossos projetos para atender a essa diversidade de demandas”, diz.
No caso da ULIVING Brasil, o próprio retrofit não deixa de ser uma inovação, já que o mercado ainda encontra muitos entraves para deslanchar. Segundo Christophe Van Hamme, sócio da MMC Investimentos, sócia do projeto ULIVING 433, a velocidade da transformação do Centro vai depender da velocidade de expansão do retrofit.
Isto porque, diz ele, retrofit não é incorporação e não conta no Brasil com a oferta de financiamentos. Ele dá um exemplo do impacto no mercado: “Suponha que você tenha R$ 15 milhões para desenvolver um projeto do começo até a fase da revenda. Isto pode levar uns três anos. Mas, se com estes recursos fosse possível alocar R$ 5 milhões em três projetos e dispor de financiamento para o restante, faríamos três prédios em três anos. Hoje, é preciso fazer um por um – nove anos”.
Outra barreira é a burocrática. Van Hamme cita o exemplo do caso de obtenção de um alvará para o funcionamento de um elevador novo. Para fazer isso, primeiro é necessário dar baixa no alvará do elevador antigo e, muitas vezes, estes documentos não existem mais.
Ele explica que o retrofit não é uma reforma, mas uma transformação de um prédio antigo em um novo com um conceito diferente. Costuma-se dizer, ressalta Van Hamme, que o retrofit é a “acupuntura urbana” porque atua nos pontos que precisam ser recuperados em um bairro, por exemplo. “Retrofit de um prédio é como pegar um diamante bruto que precisa ser quebrado, limpado e lapidado. Temos que brincar com a superfície, as áreas internas, etc.”
As propostas inovadoras envolvem também a administração pública. O prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak revelou durante o evento que a administração municipal estuda um projeto para estimular a economia de entretenimento no Centro Velho, antiga área financeira da cidade, local que por suas características de uso exclusivamente comercial pode ter atividades noturnas sem o incômodo que isso gera em outros locais da cidade.
Odloak cita o exemplo de um bloco de Carnaval que desfilou na madrugada “sem que houvesse uma única reclamação por causa do barulho”. A ideia é aproveitar a flexibilidade que já existe na Lei do Psiu (que estabelece os horários de silêncio em áreas residenciais) para locais onde existe a ausência de incomodidade.
“Pensamos em identificar áreas como essas e melhorar a infraestrutura de iluminação e videomonitoramento para atrair empreendedores da área gastronômica, de entretenimento e cultural”, afirma. Na prática, a intenção é criar uma área de economia noturna, para trazer movimento a um local que à noite é ermo e combater a sensação de insegurança que vêm justamente a ausência de pessoas transitando nesses locais após o fim do expediente.
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