Festas de fim de ano espalham Covid na bolha da classe média
Foi justamente na região do centro expandido, de classe média, com IDH alto, que a Covid mais cresceu nos últimos meses. Foto: Fotos Públicas
Várias ações para atender a população em situação de rua foram montadas no Centro de São Paulo com o objetivo de combater a pandemia de coronavírus
A Prefeitura de São Paulo montou a ação Vidas no Centro, com a instalação de banheiros e pias nas praças da Sé e da República e outros cinco pontos da região central, com funcionamento entre 7h e 19h, todos os dias. Os locais oferecem banho quente e higienização para esta população que vive na rua, uma das mais vulneráveis neste cenário de pandemia. Desde o dia 23 de abril, algumas unidades também oferecem lavanderias para que as pessoas possam lavar e secar suas roupas.
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As estações da Praça da Sé, Praça da República e Praça Cívica Ulisses Guimarães (Parque D. Pedro II) tem capacidade para atender até 3 mil pessoas por dia. Outras duas estações, no Largo do Paissandu e Praça Ouvidor Pacheco e Silva, têm capacidade para 1,5 mil pessoas por dia. O Pateo do Collegio e o Largo General Osório tem estações menores, de sanitário, sem banho.
Mais de 80 mil atendimentos já foram realizados nas primeiras quatro semanas de funcionamento, desde o dia 4 de abril, de acordo com a Prefeitura. Nas unidades onde são oferecidos banhos, são entregues toalhas descartáveis e sabonete no local.
Confira a relação completa de Estações da Ação Vidas no Centro:
Lavanderias para pessoas em situação de rua Foto: Wagner Origenes Nunes/SMADS
A prefeitura instalou ainda, na região central, 11 pias com água potável fornecida pela Sabesp para ajudar na higienização das mãos, nos seguintes locais: Praça da Sé, Praça Ouvidor Pacheco e Silva, Largo São Francisco, Largo Paissandu, Pateo do Collegio, Praça da República, Largo do Arouche, Parque Dom Pedro, Largo General Osório e Praça da Liberdade e Praça Princesa Isabel.
A organização Médicos Sem Fronteiras também começou nesta semana o atendimento no Centro, focado em pessoas em situação de rua, migrantes e refugiados, usuários de drogas, idosos e pessoas privadas de liberdade.
O MSF vem realizando consultas médicas em pessoas em situação de rua para detecção de casos suspeitos de COVID-19 e triagem com encaminhamento dos doentes em estado grave para hospitais.
Também são oferecidas orientações de higiene e distanciamento social àqueles com sintomas, para tentar evitar a disseminação do novo coronavírus. As equipes também vão atuar em albergues e locais do Centro por onde circula a população mais vulnerável.
Atendimento dos Médicos Sem Fronteiras Foto: Diogo Galvão/MSF
“Estamos trabalhando para oferecer assistência a essas populações, já que a pandemia tende a acentuar a marginalização e exclusão à qual elas já estavam submetidas”, explica a médica Ana Leticia Nery, coordenadora do projeto de Médicos Sem Fronteiras em São Paulo. “Precisamos garantir que os mais vulneráveis sobrevivam a esta crise de saúde sem precedentes”.
A Prefeitura também criou seis novos centros de acolhimento emergenciais, adaptando centros esportivos municipais nas regiões da Sé, Santo Amaro, Lapa, Santana e Mooca, abrindo 356 novas vagas.
De acordo com a pesquisa censitária da população em situação de rua, realizada em 2019, são 24.344 pessoas nesta condição na cidade de São Paulo, com grande concentração na região central. A região atendida pela Subprefeitura da Sé tem 11.048 pessoas em situação de rua, sendo 3.455 delas acolhidas e 7.593 vivendo nas ruas.
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