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Artista plástico Flammarion Vieira fez a almofada Frida Kahlo, postada no Instagram da banda durante a passagem dos músicos pelo centro de São Paulo. Pintora mexicana está em outras criações. Veja fotos
Por Denize Bacoccina
O artista plástico Flammarion Vieira, cujo ateliê fica no Anhangabaú, levou um susto quando soube que uma almofada sua, a Frida psicodélica, tinha viralizado na rede por meio de uma foto no Instagram da banda irlandesa U2. A foto foi tirada no Drosophyla Bar, na Nestor Pestana, para onde os músicos foram na noite de sexta-feira, 21 de outubro, depois de um passeio no terraço do Copan. Do caminho, o líder da banda, Bono Vox, postou dois vídeos curtos, que gravou enquanto fazia a pé o trajeto, para fugir do congestionamento (leia mais aqui: U2 E BONO VOX NO CENTRO DE SP: ADIVINHA QUEM DEU UM PASSEIO NO DROSOPHYLA, COPAN, CASA DO PORCO, AVENIDA SÃO LUÍS…). Chegando ao bar, se encantou com almofada com o rosto da pintora mexicana, e postou a foto. Para Flammarion, foi o reconhecimento máximo de um trabalho que vem fazendo há 12 anos, espalhando a imagem de Frida Kahlo em obras como almofadas, jogos americanos, quadros, guarda-chuvas e caixas, além de joias inspiradas nas cores e formas usadas pela artista mexicana e objetos mais exclusivos, como uma grande caixa, com um busto, um colar cheio de simbolismos, e um álbum com colagens que remetem a passagens na vida da artista mexicana.
A pintora entrou em sua vida há uns 25 anos, quando ainda morava em Brasília e leu um texto sobre ela. “Fiquei fascinado e comecei a pesquisar sobre a vida dela, uma mulher muito forte que sempre viveu muito apaixonada”, conta Flammarion. Casada com o muralista Diego Rivera, com quem teve uma relação tumultuada e cheia de casos extraconjugais, ela também sofreu com problemas de saúde a vida inteira: teve poliomielite quando criança e nunca se recuperou totalmente das fraturas que sofreu durante um acidente de ônibus, aos 18 anos.
“Por isso a almofada foi batizada de Frida psicodélica, em alusão aos remédios fortes que ela tomava para combater a dor”, conta o artista. Muitas de suas obras já foram vendidas em Paris, onde tem amigos e para onde viaja com frequência para expor as peças.
A sua almofada da Frida fez muito sucesso com o U2. Você já vendeu muitas dessas?
Muitas. Já fiz até campanha na West Wing. Muita gente compra e gosta Mas também tem os que não gostam, dizem que já enjoaram da Frida, mas cada Frida minha tem uma história. Também faço quados em formato quadrado, montados em arte digital e impressos pela Cuadrado, empresa parceira de Porto Alegre em papel fotográfico especial. Tem a Frida Negra, que é da música Paloma Negra, que ele adorava. Tem esta que fica soluçando borboletas, representando a paixão dela pelo Diego Rivera. Teve um quadro que eu vendi em Paris, para um galerista, que é a Frida em Nova York, quando o Diego Rivera foi convidado para pintar o Rockfeller Center.
Aqui você faz esses produtos em grande escala, mas faz também obras individuais, exclusivas?
Faço. Não tenho tantos clientes, mas os que tenho se identificam muito com o meu trabalho. Faço obras específicas para cada pessoa. Quem compra minhas assemblages é gente que gosta, e graças a deus, só gente do bem. Tem coisa minha em Londres, em Paris.
O que você sentiu quando viu a foto da almofada no Instagram do U2?
A minha amiga, Lilly, dona do Drosophyla, me mandou mensagem contando. Fiquei muito feliz, mandei uma mensagem direta para ele agradecendo, que talvez ele não vá ver nunca. Aí teve matéria na Globo, eu pensei: poxa, eles gostaram mesmo. A única coisa que eu achei chato foi que não citaram meu nome. Podiam ter citado: é do Flammarion Vieira, ele é artista plástico. Mas só de gostarem já estou muito feliz. Isso é o mais importante.
O seu ateliê é no centro da cidade, perto do Anhangabaú. Como é a sua relação com o centro?
Eu adoro o centro, me sinto muito à vontade. Eu tenho uma alma antiga. Eu me encanto com essas coisas antigas, poste antigo. Na minha rua tem prédio de 1913. Aqui no Anhangabaú era um rio. Eu adoro. Vejo fotos antigas e vou no mesmo lugar. Acho o máximo. E aqui agregou duas coisas: eu me sentir bem e as pessoas virem aqui, porque é muito fácil: dá pra vir de metrô, a pé.
Você anda pelo centro? Onde você gosta de ir?
Eu vou em tudo. Fui na padaria do Anquier outro dia, ele próprio abriu a porta, foi supersimpático. Já fiquei amigo dele, já vou lá tomar café. Tem a Galeria do Rock. Toda essa região aqui eu já conhecia. Tem a Casa de Plástico que uma vez eu fui procurar umas maçãs de plástico. Agora, vindo morar aqui, é tudo mais fácil. Eu vou ao Brás a pé. Tem um mercado 24 horas aqui em baixo. Tem o Drosophyla. O que é genial do centro é a comodidade. Vou em muitos lugares a pé, é tudo muito perto. Tem muita coisa ruim, mas também tem muita coisa sofisticada, história. O Martinelli. Pena que não tem nada, podia ter uma boate lá em cima. Tem o Terraço Itália. Eu adoro São Paulo. Sou gaúcho, fui criado em Brasília, mas adoro São Paulo. Eu gosto dessa coisa rebuscada do centro.
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