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Fotógrafo retratou as transformações da metrópole, além de retratos, autorretratos e fotografias de arte e publicidade. Veja fotos
O fotógrafo German Lorca nasceu um par de meses depois da Semana de Arte Moderna de 1922. Hoje tem 96 anos, conta sete décadas de carreira profissional e se mantém em atividade, clicando o que lhe desperta o olhar.
A trajetória do fotógrafo pode ser vista na mostra German Lorca: Mosaico do Tempo, 70 anos de Fotografia. São mais de 150 imagens, além de séries e ensaios fotográficos, projeções, objetos e premiações, que podem ser vistas no Itaú Cultural, de 25 de agosto a 4 de novembro.
Com curadoria do jornalista, professor e crítico de fotografia Rubens Fernandes Junior, a exposição tem assistência curatorial do professor e fotógrafo José Henrique Lorca.
De um jovem contabilista, ele passou rapidamente para o status de precursor no Foto Cineclube Bandeirante, onde se consolidou como fotógrafo profissional. Teve um estúdio, onde fazia de ensaios e fotos autorais até publicidade.
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Fotografou a paisagem urbana de São Paulo em diferentes períodos de 1947 a 2004 e segue assim até hoje, reunindo um conjunto de imagens que acompanham a construção e desconstrução da cidade. Fez retratos e foi retratado por nomes imponentes deste segmento, como Geraldo de Barros.
“É um grande desafio orquestrar tantas variáveis temáticas, além dos diferentes formatos por ele utilizados, mas, dentro do possível, formatamos núcleos que pudessem tanto valorizar suas fotografias mais representativas quanto evidenciar as imagens que foram de circulação mais restrita”, diz Fernandes. Assim, a linha curatorial organiza esta retrospectiva de modo a condensar a larga e rica vivência de Lorca.
São mais de 150 fotografias, numa exposição dividida em sete temas: Foto Cine Clube Bandeirante, Fotografia de arte, Fotografia publicitária, São Paulo, Retratos, Autorretratos e Altos retratos – este, composto de imagens de outros fotógrafos que retrataram o homenageado.
Além das obras artísticas e publicitárias, estão expostos objetos pessoais, prêmios, troféus, medalhas e homenagens que marcam os momentos importantes de sua carreira. Uma vitrine exibe as principais câmeras que pontuaram seu percurso na fotografia – da primeira, uma Welta Welti, objetiva Tessar 2.8/50, Carl Zeiss, formato 35 mm, adquirida em 1947 no Brás até a mais recente, uma Leica digital, passando por Rolleiflex, Hasselblad, Nikon.
A cidade sempre fascinou German Lorca. Fotografou a paisagem urbana de São Paulo em diferentes períodos de 1947 a 2004 e continua com o olhar aguçado para as mais distintas composições que a luz oferece diariamente.
Foi o fotógrafo oficial do IV Centenário da Cidade; documentou o Parque do Ibirapuera como fotógrafo convidado da editora Abril para a sua primeira revista impressa; e manteve sempre seu olhar voltado para as grandes transformações urbanas.
As fotografias realizadas nas décadas de 1950 e 1960 são as mais emblemáticas, pois enfatizam uma cidade moderna e pulsante. Esses registros são importantes porque evocam uma cidade que não existe mais, e ainda assim são provocativos, exigem reflexão.
Um documento histórico que se manifesta no olhar singular e elaborado de um grande artista que explicita seus sonhos e devaneios. Fotografias produzidas no passado, mas que se abrem para outros tempos.
Algumas dessas fotos podem ser vistas aqui:
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