Reinvenção na pandemia? Conheça histórias de pessoas que mudaram de vida
Seja por necessidade ou por perceber que não gostava tanto do que fazia, a reinvenção foi a palavra de ordem nesta pandemia
Pesquisa em parceria pelo Observatório de Turismo e Eventos da São Paulo Turismo e a plataforma A Vida no Centro mostra impactos da pandemia no modo de vida
Impactos da pandemia no comportamento e expectativas para o futuro em foco
A pesquisa “A pandemia e a cidade: impactos no comportamento e expectativas para o futuro”, produzida em parceria pelo Observatório de Turismo e Eventos da São Paulo Turismo e pela plataforma A Vida no Centro, aponta aspectos importantes do comportamento e hábitos das pessoas durante a pandemia de Covid-19, bem como intenções e expectativas para o pós-pandemia. O levantamento de dados foi obtido por meio formulário online, com 1521 pessoas, entre 19 de junho e 12 de julho de 2020. Clique para acessar a íntegra da pesquisa.
A pesquisa é a primeira parte do report A Casa e a Cidade – Impactos da Pandemia na Vida Urbana, Tendências e Insights, que aprofunda as modificações ocorridas durante a pandemia e que vão pautar a vida das pessoas no futuro próximo. O report será publicado na segunda quinzena de setembro.
Entre os respondentes, a maioria (68,1%) é do sexo feminino, com idade entre 30 e 59 anos (64%) e vive na cidade de São Paulo (59,9%) ou na Grande São Paulo (11,5%). Com relação ao isolamento, importante prática para diminuir o risco de contaminação, 85,6% dos respondentes afirmaram que estavam em isolamento, com 53,8% destes afirmando estarem reclusos com suas famílias e 20,6% sozinhos. Quanto ao comportamento durante a quarentena, a grande maioria demonstrava preocupação em manter-se em isolamento o máximo possível, sendo 28,2% afirmaram ficar em casa todos os dias e 74,8% saíram apenas para comprar comida e medicamentos.
A pesquisa mostra como eles usavam o tempo: 52,1% continuavam trabalhando normalmente, mesmo em casa. Sem contar o trabalho, as principais atividades durante o período do isolamento foram assistir a filmes (68%), cuidar da casa (65,9%), cozinhar (54,9%), ouvir música (49,8%) e ler (48,1%). Fazer cursos online (seminários, palestras, debates) é a atividade de 40,4%.
Quase um terço dos respondentes (30,4%) desenvolveu novas atividades durante esse período. As mais citadas são artesanato (11%), cursos e treinamentos (10,4%), cozinhar (6,5%) e estudar (6,1%).
Home office e hábitos alimentares
Sobre a relação com o trabalho, 35,7% disseram estar em regime de home office, 20,3% tiveram redução de jornada e 13,1% perderam o emprego. A renda permaneceu inalterada para 49,8% dos entrevistados, enquanto 36,4% tiveram diminuição e 11,1% perderam totalmente a renda nesse período.
A experiência de home office agradou à maior parte dos participantes da pesquisa: 16,2% disseram que gostariam de continuar a trabalhar em casa após a quarentena e 41,3% gostariam de trabalhar parte do tempo em casa e parte do tempo na empresa. O período trabalhando em casa fez muitas pessoas adaptarem seu local de residência para o trabalho: 16% adaptaram casa para home office e 10,3% mudaram o mobiliário para se adaptar às novas necessidades.
A quarentena também trouxe modificações nos hábitos alimentares: 66,9% passaram a cozinhar mais em casa e 76,1% pretendem continuar comendo em casa, mesmo após a normalização do funcionamento dos restaurantes. A parcela do que pediram comida por delivery é de 22,8% e 31% passaram a se alimentar melhor, consumindo alimentos mais saudáveis.
Cautela na reabertura
Boa parte dos entrevistados (46,2%) afirma não querer sair de casa por um tempo mesmo após a reabertura dos locais públicos, e dos que afirmam intenção de frequentar estes espaços, 31,3% querem ir a teatros/ cinemas, 27,3% querem ir a restaurantes e 24,7% desejam ir a bares. O sentimento de cautela é presente também na intenção de frequentar grandes eventos públicos, como Virada Cultural e Carnaval: apenas 6,8% disseram que iriam a esses eventos normalmente, enquanto 41,6% das pessoas afirmaram que não pretendem ir e 41,6% terão receio de ir e vão avaliar no momento do evento.
O receio de se encontrar com outras pessoas também deve afetar a socialização nos ambientes privados: 38,1% querem receber amigos em casa, mas uma parcela maior, de 46,7%, diz que ficarão um tempo sem receber ninguém em casa nem irão a festas, só saindo para o essencial.
A pandemia também afetou os hábitos de consumo. Durante a fase de isolamento, 40,8 % disseram que consumiram menos, 25,8% disseram que o consumo permaneceu igual, mas agora comprando online/delivery. 33,4% só compram comida.
Comércio local em alta
Em relação aos locais onde consomem, 56% dão preferência ao comércio local, 18,5% preferem quem oferece maior desconto e 17,4% compram nas plataformas de aplicativos.
Sobre a utilização de meios de hospedagem (na mesma cidade ou em viagens) durante a quarentena, apenas 3,3% disseram que sim. Sendo que 1,2% usou hotéis e 1% usou Airbnb – 52,% usaram uma a duas diárias e 20% mais de 15 diárias.
O serviço de locação de carro também foi utilizado durante a pandemia por 3,8% dos entrevistados, com 53,4% usando de uma a duas diárias e 10,3% utilizando mais de 15 diárias no período.
Em relação a viagens que estavam programadas no período da quarentena, 33% das pessoas afirmaram ter cancelado alguma viagem/intercâmbio, enquanto 14,6% disseram ter remarcado. Por fim, a pretensão de viagens se mostra promissora, com 87,2% dos respondentes afirmando terem intenção de voltar a fazer viagens locais, seja para o litoral, interior de seu estado ou até outros estados, e 62,1% pretendem voltar a fazer viagens internacionais, mostrando que o desejo de viajar está presente na imensa maioria dos entrevistados, sendo esta uma das atividades mais aguardadas e pretendidas após o fim do isolamento social.
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