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Jornada do Patrimônio 2021 terá tours temáticos, eventos online e reabertura da Vila Itororó

Jornada do Patrimônio 2021 será realizada nos dias 11 e 12 de setembro. A Vida no Centro participa no domingo, pelo Instagram

A Jornada do Patrimônio 2021 acontece em São Paulo nos dias 11 e 12 de setembro, com ações de educação e reflexão sobre a memória cultural da cidade, celebrando desde a arquitetura até o cinema, a música, o teatro e, especialmente neste momento, a atuação dos profissionais de saúde. A programação tem atividades presenciais e online, incluindo visitas guiadas, palestras, oficinas e intervenções artísticas interativas. 

Circuito Memória Paulistana 

Entre os destaques da programação digital, está o Circuito Memória Paulistana, site que reúne depoimentos, informações, fotografias em 360 graus, vídeos e audioguias sobre os principais pontos históricos de São Paulo. O material está organizado em torno de circuitos temáticos, de pautas identitárias como “Lutas Indígenas”, “LGBTQIA+” e “Resistência Negra” até pautas mais específicas como “Futebol de Várzea” e “Memória Operária”, elaborados a partir de mais de 400 pontos mapeados pelo projeto Placas da Memória Paulistana.

A Vida no Centro participa, no domingo de manhã, às 10h, de um tour no Edifício Planalto, que será realizado pela Wans Spiess. O tour, onde vamos mostrar o local, especialmente o terraço panorâmico e contar a história do edifício, será transmitido pelos perfis de Instagram @planalto507 e @avidanocentro.sp.

Reabertura da Vila Itororó 

Entre as ações presenciais, destaca-se a peça “Adoniran reencontra Elis na Vila”, uma reencenação do encontro entre os dois músicos no bairro do Bixiga, que ocorreu em 1978. A apresentação acontecerá no sábado, a partir das 18h, na Vila Itororó, espaço cultural que reabre as portas ao público após uma ampla reforma. A inauguração será celebrada, ainda, com uma iluminação cênica assinada pela artista Lígia Chaim, um projeto que possibilitará ao espaço se adaptar a ocasiões temáticas como Natal, Ano Novo ou Setembro Amarelo.

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O espaço, composto por mais de dez edificações construídas no início do século XX entre os bairros da Liberdade e da Bela Vista, passou por um processo de restauro desde 2013 para que pudesse ser plenamente utilizado, com segurança, para as mais diversas atividades artísticas e de lazer. O conjunto ocupa uma área de cerca de 6.000 metros quadrados e foi tombado pelo CONPRESP em 2002 e pelo CONDEPHAAT em 2005. Porém, apenas o espaço do Galpão estava disponível para atividades culturais até o momento.

Como parte da programação da Jornada, a Vila recebe espetáculos como a peça “Adoniran reencontra Elis na Vila”, dirigida por Paula Klein, que encena o icônico momento vivido pelos músicos nos anos 70 (sábado a partir das 18h). O público poderá, ainda, explorar o projeto Vozes do Itororó, que oferece uma experiência imersiva em áudio 3D, levando os visitantes a uma viagem pelo passado do bairro e da construção. Essa intervenção, idealizada pela ExCompanhia de Teatro, será permanente.

Outra ação interativa da Jornada é o projeto “Meu Lugar”, que captará relatos de moradores para que fiquem registrados na futura Casa da Memória, novo espaço expositivo na Vila Itororó. Os depoimentos, já captados, serão exibidos no canal de Youtube da Secretaria Municipal de Cultura.

Também recuperando a memória musical paulistana, o projeto “Ligações Históricas” leva, a partir do sábado, orelhões cenográficos a diferentes pontos da capital, cada um homenageando um dos personagens ou movimentos icônicos identificados no Memória Paulistana, como Raul Seixas, Sabotage ou o Cordão Carnavalesco Vae-Vae. No lugar dos telefones, instalações sonoras tocam parte da obra retratada para os transeuntes conhecerem. As peças serão instaladas na Vila Itororó após o evento.

Roteiros e palestras 

A programação também traz uma série de passeios guiados ao ar livre ao longo dos dois dias. No bairro da Liberdade, por exemplo, um tour discute as heranças culturais indígenas e negras que marcam a região tanto quanto as tradições orientais, enquanto, na Penha, um grupo passa pelas igrejas locais para pensar a memória pelos pontos de vista arquitetônico e religioso.

Já na Bela Vista, o Instituto Pasteur ganha uma projeção em videomapping, na noite do dia 11, para celebrar a importância dos profissionais de saúde no momento atual, incluindo essa temática nas discussões sobre história e patrimônio.

O tema da saúde também aparece em palestras online, que discutirão, no sábado, a partir das 18h, a história de instituições como a Santa Casa de São Paulo e o Hospital de Alienados da Várzea do Carmo. Os eventos trazem especialistas para dividir com o público suas pesquisas sobre fatos históricos pouco conhecidos, como a “roda dos enjeitados”, um mecanismo de abandono de recém-nascidos que funcionava na Santa Casa. 

A programação completa da Jornada do Patrimônio 2021 pode ser conferida aqui.

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