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Fim da quarentena: São Paulo começa a discutir abertura do comércio no dia primeiro

Prefeito Bruno Covas vai esperar planos detalhados de cada setor antes de autorizar a reabertura das lojas

O governo do Estado de São Paulo apresentou, nesta quarta-feira, dia 27 de maio, o Plano São Paulo, de reabertura da atividade econômica no Estado, para decretar o fim da quarentena geral a partir do dia primeiro de junho. O Estado foi dividido em 17 regiões, e a cidade de São Paulo está numa classificação chamada de Fase 2, que permite a reabertura de shoppings centers e comércio de rua, além das atividades que foram mantidas, como construção civil e indústria.

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O prefeito Bruno Covas marcou para esta quinta-feira uma entrevista coletiva para detalhar a abertura na cidade, mas já adiantou que nada muda em São Paulo imediatamente. “A partir do dia primeiro essa discussão começa na cidade de São Paulo”, afirmou, na entrevista no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado.

“A partir do dia primeiro vamos começar a receber as propostas de acordo setorial. Essas propostas vão ser validadas pela vigilância do município e somente quando assinadas entre a entidade do setor e a prefeitura é que o setor vai poder reabrir na cidade de São Paulo”, disse o prefeito.

As diretrizes anunciadas nesta quarta-feira permitem a reabertura dos setores mencionados, de acordo com a classificação de cada região, mas a decisão cabe a cada prefeito. Para municípios incluídos na Fase 2, como é o caso da capital, fica permitido o funcionamento da construção civil e indústria não essencial (que já funcionavam). Também ficam permitidas, com restrição de horário e de fluxo de público, atividades imobiliárias, concessionárias de veículos, escritórios, shopping center e comércio de um modo geral.

As normas padronizam níveis de distanciamento social, higiene pessoal, limpeza e higienização de ambientes, comunicação e monitoramento das condições de saúde de trabalhadores e estão disponíveis no site. Há diretrizes específicas para cada uma das quatro fases do Plano São Paulo que permitem a retomada gradual e segura da atividade econômica.

Comércio fechado na rua 25 de Março durante a quarentena. Foto Rovena Rosa/Agência Brasil

O governo elaborou também normas específicas para os setores de academias; agricultura e agroindústria; atividades imobiliárias; automotivos; bares e restaurantes; beleza, comércio; economia criativa; infraestrutura; logística e abastecimento; meios de hospedagem; saúde; telecomunicações; têxtil, confecção e calçados; e turismo.

Em todos os 645 municípios, a indústria e a construção civil seguem funcionando normalmente. A interdição total de espaços públicos, teatros, cinemas e eventos que geram aglomerações – festas, shows, campeonatos etc – permanece por tempo indeterminado. A retomada de aulas presenciais no setor de educação e o retorno da capacidade total das frotas de transportes seguem sem previsão.

Nenhuma das 17 regiões está na zona azul, que prevê a liberação de todas as atividades econômicas segundo protocolos sanitários definidos no Plano São Paulo.

Além de restrições à circulação, São Paulo ampliou a capacidade de atendimento da rede pública de saúde. De acordo com o prefeito, o número de UTI passou de 500 para cerca de 1,5 mil, e outras 500 serão ativadas nas próximas semanas.

O que pode funcionar em cada fase:

Fase 1

Construção Civil Indústria não essencial

Fase 2

Construção Civil

Indústria não essencial

Atividades imobiliárias (aberto com restrições)

Concessionárias (aberto com restrições)

Escritórios (aberto com restrições)

Shopping Center (aberto com restrições)

Comércio (aberto com restrições)

Fase 3

Construção Civil

Indústria não essencial

Atividades imobiliárias

Concessionárias

Escritórios

Shopping Center (aberto com restrições)

Salão de beleza (aberto com restrições)

Bares, restaurantes e similares (aberto com restrições)

Comércio (aberto com restrições)

Fase 4

Construção Civil

Indústria não essencial

Atividades imobiliárias (aberto com restrições)

Concessionárias (aberto com restrições)

Escritórios (aberto com restrições)

Shopping Center (aberto com restrições)

Salão de beleza (aberto com restrições)

Bares, restaurantes e similares (aberto com restrições)

Comércio (aberto com restrições)

Academias (aberto com restrições)

Fase 5

Espaços públicos

Teatros e Cinemas

Eventos que promovam aglomerações, incluindo os esportivos Construção Civil

Indústria não essencial

Atividades imobiliárias

Concessionárias

Escritórios

Shopping Center

Salão de beleza Bares, restaurantes e similares

Comércio

Academias

Quais regiões podem flexibilizar as medidas:

Fase 1

Grande São Paulo Baixada Santista Registro

Fase 2

São Paulo (capital)

Araçatuba

Campinas

Marília

Franca

São José do Rio Preto

Sorocaba

São João da Boa Vista

Ribeirão Preto

Piracicaba

Fase 3

Araraquara/São Carlos

Barretos

Bauru

Presidente Prudente

Nenhuma região do Estado está ainda nas fases 4 e 5.

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